tag:blogger.com,1999:blog-27626863505233628582024-03-13T16:21:45.044+00:00Sociologia em AcçãoJosé Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.comBlogger73125tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-52366212129105116382014-11-29T03:19:00.001+00:002015-01-22T19:05:32.511+00:00Rankings de Escolas 2014: Filhos cujos pais têm mais anos de escolaridade obtêm melhores classificaçõesTeoricamente os <i>rankings</i> de escolas deveriam medir o desempenho das escolas. Este ano, os <a href="http://expresso.sapo.pt/em-que-lugar-ficou-a-sua-escola-veja-o-ranking-de-2014=f900077"><i>rankings</i> do EXPRESSO</a> permitem novas leituras, designadamente utilizando dados de contexto, como as Habilitações académicas dos pais, indicadas pelo número médio de anos de escolaridade dos pais e das mães. No quadro abaixo, apresenta-se o <i>print screen</i> dos dados para o Concelho de Sintra, acrescentando-se duas colunas com estas variáveis, transcritas dos detalhes.<br><br>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-HE5UFJJ3A0Q/VHk7F0F3NXI/AAAAAAAASpM/_FROXo5ZQJs/s1600/RANKINGS-DE-ESCOLA-2014.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-HE5UFJJ3A0Q/VHk7F0F3NXI/AAAAAAAASpM/_FROXo5ZQJs/s400/RANKINGS-DE-ESCOLA-2014.jpg" /></a></div>
<br><br>
Observa-se que nas cinco primeiras escolas deste <i>ranking</i>, os pais têm 11 ou 12 anos de escolaridade. Nas quatro últimas têm 8 a 10 anos, evidenciando uma <b>relação directa entre os anos de escolaridade dos pais e as classificações dos filhos</b>. <br><br>
Obviamente detetam-se algumas rugosidades. Os alunos da Escola Secundária de Mem-Martins obtiveram claramente classificações superiores às esperadas em função da sua origem, enquanto na Escola Secundária Padre Alberto Neto sucedeu o oposto. Seguindo esta lógica, também seria de esperar que os alunos da Escola Secundária Ferreira Dias tivessem melhores classificações que os da Escola Secundária Leal da Câmara. Porém, estas irregularidades têm pouca expressão apenas contribuindo para confirmar a regra geral. Assim, quando voltar a ler <i>rankings</i> de escolas, pergunte a si mesmo se está a comparar o desempenho das escolas ou as habilitações académicas dos pais. <br><br>
A percentagem de alunos carenciados, destacada no jornal para contextualizar as escolas, não oferece valores tão exactos para a sua interpretação, porque as escolas poderão seguir critérios relativamente diferentes na atribuição dos apoios sociais, ou mesmo os alunos poderão ter uma representação mais positiva ou negativa dos mesmos, caso em que evitarão candidatar-se para fugir da respectiva rotulação. <br><br>
1. “Faz mais sentido comparar as escolas do mesmo concelho que misturar as escolas de todo o país num único <i>ranking</i>”. <b>Comente</b>.<br><br>
2. A regularidade acima referida resulta da aplicação do paradigma positivista. <b>Justifique</b>.<br><br>
3. <b>Explique</b> o método e uma técnica adequada à exploração da hipótese subjacente, na perspectiva da Sociologia compreensiva. <br><br>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-WZhJuUJxLLk/VHnvW38xGLI/AAAAAAAASpc/hyku9Ny2KiA/s1600/nuno-crato.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-WZhJuUJxLLk/VHnvW38xGLI/AAAAAAAASpc/hyku9Ny2KiA/s400/nuno-crato.jpg" /></a></div>
<br>
4. <b>Justifique</b> as questões levantadas por Nuno Crato, confrontando as exigências dos teóricos da educação com as dos <i>media</i>.<br><br>
5. <b>Explique</b> como os colégios que se encontram no topo dos <i>rankings</i> podem ter classificações mais <a href="http://www.publico.pt/sociedade/noticia/ha-24-escolas-que-sistematicamente-dao-notas-acima-do-esperado-1682519">"desalhinhadas para cima"</a>.José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-33905181952878474562014-11-26T04:21:00.000+00:002014-11-26T04:21:29.681+00:00Primeiro inquérito às práticas profissionais dos licenciados em SociologiaO <b>ISCTE, a Universidade de Coimbra e a Universidade Nova de Lisboa</b> são as instituições que mais sociólogos formaram. Consideram a sua <b>formação adequada</b> às funções desempenhadas, tendo realizado formação posterior à licenciatura. Estão maioritariamente empregados <b>a tempo inteiro</b>, embora <b>apenas ¼ com contrato a tempo indeterminado</b>. Trabalham por conta de outrem na administração pública ou em empresas privadas, sendo a educação/investigação o sector de actividade predominante. Quanto ao grupo profissional, são especialistas das actividades intelectuais e científicas ou técnicos de nível intermédio. A maioria aufere entre <b>900€ e 1800€</b> mensais. 16% estiveram desempregados 3 ou mais vezes. A falta de estabilidade, a baixa remuneração e a ausência de perspectivas de promoção são os aspectos menos satisfatórios da sua actividade.<b> O tipo de tarefas desempenhadas, as relações com os colegas, a autonomia no desempenho das tarefas e o horário de trabalho são os aspectos mais satisfatórios.</b> 68.8% dos diplomados <b>avaliam positivamente o seu percurso profissional.</b>
<br><br>
<a href="http://www.aps.pt/?area=000&mid=000&sid=000&sid=000&cid=CNT5384506b8d9e9">Ler mais aqui</a>.
José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-35152117255580002662014-11-11T00:01:00.000+00:002014-11-22T04:05:32.406+00:00Representações da InternetEm Sociologia as representações sociais são a matéria-prima dos trabalhos empirícos. Os <b>Internautas convictos</b> revelam maior facilidade na utilização da Internet que os <b>Estudantes aplicados</b>. Os jogos ajudarão a utilizar a Internet, porque os <b>Jogadores inveterados</b> indicam ter maior destreza que os Estudantes aplicados. Os <b>Utilizadores incipientes</b> são seguidos de perto pelos Estudantes aplicados, quanto ao desinteresse pela maioria das coisas que há na Internet, certamente por motivos diferentes...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-S9Rq-tLmePM/VGFRpQHzdHI/AAAAAAAASiI/tWca3YDDwIQ/s1600/representacoes-da-internet.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-S9Rq-tLmePM/VGFRpQHzdHI/AAAAAAAASiI/tWca3YDDwIQ/s400/representacoes-da-internet.jpg" /></a></div>
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<br />
Fonte: <a href="http://www.crinternet.ics.ul.pt/icscriancas/content/documents/n65a01.pdf">AS CRIANÇAS E A INTERNET EM PORTUGAL - Perfis de uso</a>.
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<hr>
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"O meu pai é tão chato no <i>Facebook</i>. Infelizmente tenho de ser amigo dele", Rui-16. Aos 12 anos já 80% dos jovens têm perfil na popular rede social, principalmente as raparigas. Os pais portugueses oferecem os telemóveis com a intenção de controlar os filhos à distância. As crianças ficam ansiosas quando ficam sem telemóvel. A dispersão pela rede e redução das horas de sono pelo contacto com os amigos virtuais são apontados como causas do insucesso escolar.<br>
Fonte: <a href="http://t.co/05l5NP41U1">EXPRESSO, 22/NOV/2014</a>.
José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-1731889325702291522014-09-29T20:22:00.001+01:002014-09-29T20:59:35.284+01:00GERAÇÃO 2020 - O futuro de Portugal aos olhos dos universitários<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://es.slideshare.net/LLORENTEYCUENCA/140926-dmasi-estudiogeneracion-2020pt" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-rqNmxef5iDw/VCmyeYzXARI/AAAAAAAASGs/6kxSDsFcmkk/s320/gerao-2020-o-futuro-de-portugal-aos-olhos-dos-universitrios-1-638.jpg" /></a></div>
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<a href="https://drive.google.com/file/d/0B02HdCdJJWPKUkx2YjNWcXctRFU/edit?usp=sharing">Backup</a><br /><br />
‘Geração 2020’ é uma sugestão de reflexão sobre Portugal a partir das <b>expectativas da sua geração de jovens adultos</b>. Utilizou a técnica do <b>inquérito por questionário</b>, ao qual responderam mais de um milhar de jovens entre os 18 e os 30 anos, na sua grande maioria estudantes universitários. O valor que atribuímos a estas informações não é o de um estudo sociológico <b>(a amostra não é representativa)</b>. Como consultores de comunicação, interessam-nos sobretudo <b>as percepções que diversos grupos de pessoas exprimem e partilham sobre a realidade e sobre as formas organizadas como essa realidade se estrutura e desenvolve no quotidiano (representações sociais)</b> – seja através das empresas e dos seus líderes, outras organizações ou países. E sobretudo o que esperam destas instituições.<br />
<br />
Na verdade, a <b>‘Geração 2020’ não existe</b>. O que existe, e por isso usamos esta designação, é uma quantidade de pessoas que tem expectativas. Por definição, quanto mais jovem for um indivíduo mais espaço tem disponível para formar e explanar no tempo as suas <b>expectativas</b>. E por isso dirigimo-nos aos jovens e colocámos algumas questões sobre a forma como vêem Portugal em 2020.<br />
E para que servem estes dados? As percepções e expectativas que recolhemos <b>sinalizam vontades e são estas vontades que movimentam as sociedades</b>. Sinalizam uma vontade de diálogo e actuação ao qual as organizações têm de corresponder; e movimentam sociedades porque se organizam em processos activos de partilha e construção de opinião e influência (<b>revelação da intenção</b>).<br />
<br />
RESULTADOS<br />
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<b>Realistas, cultos, desencantados e autoconfiantes.</b><br />
Em 2020, Portugal vai ser um lugar <b>melhor</b> para viver do que em 2014.<br />
Instituições em que acreditam: <b>Universidade, Tu próprio, Família.</b><br />
Instituições que mais têm de mudar: <b>Partidos, Justiça, Europa.</b><br />
54% considera que em 2020 <b>viverá noutro país</b>.<br />
60% considera-se <b>mais competente</b> que os pais.<br />
Consideram a <b>Educação </b>e a <b>Economia </b>como as áreas decisivas para o futuro do país.<br />
<br />
Fonte: <a href="http://expresso.sapo.pt/geracao-2020-qual-o-futuro-de-portugal-aos-olhos-dos-jovens=f891001">EXPRESSO</a>.José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-88344508000732565562013-11-09T17:36:00.000+00:002013-11-12T01:48:41.095+00:00A ascensão e queda das virtudes da Troika: Portugal, 2011-2013<ul><li>O Memorando de Entendimento sobre as Condicionalidades de Política Económica, assinado entre o Governo Português e a União Europeia, o FMI e o BCE, em 3 de maio de 2011, <b>foi elogiado por um grande número de políticos portugueses, economistas, e uma parte considerável do público, dos socialistas aos social-democratas e democratas-cristãos</b>. O longo documento de 34 páginas foi declarado por muitos como um exercício incrível, <b>uma análise aprofundada e detalhada</b>, impondo medidas que reformariam a economia portuguesa, o Estado ou o sistema judicial, <b>a fim de colocar o país no caminho certo e que nunca se repetisse um <i>default</i> no futuro</b>. A primeira conferência de imprensa dos representantes da Troika, em 5 de maio de 2011, contou com a <b>presença maciça da mídia, e recebeu grande atenção por um público confiante, ansioso por uma solução definitiva para os problemas económicos domésticos.</b> Desde então, tudo mudou. Os representantes da Troika não aparecem nas conferências de imprensa ou sob os olhos do público como antes, e o número de políticos e economistas que ainda elogiam o seu papel foi reduzido para alguns obstinados na austeridade. Esta palestra argumenta que <b>a popularidade inicial do Memorando da Troika é o resultado de uma percepção equivocada de longa data do potencial de crescimento de Portugal e da posição na Europa, que tem longas raízes na história</b>. A análise da experiência Troika, no entanto, pode ser um contributo importante para uma melhor compreensão dos problemas enfrentados pela economia portuguesa no seio da União Europeia. <a href="http://www.ics.ul.pt/rdonweb-recursos/events/2013-11/C_ICS_2013_Prog.pdf">Aqui</a>.</li></ul>
1. Recorrendo ao texto e ao conceito de representações sociais, <b>justifique</b> a popularidade e o declínio das virtudes da Troika.<br><br>
2. "Os representantes da Troika não aparecem nas conferências de imprensa ou sob os olhos do público como antes". <b>Relacione</b> a proximidade física dos corpos com a proximidade social entre as pessoas: <br>
a) no contexto da Troika;<br>
b) imaginando como descobria num restaurante, se as pessoas que lá se encontram serão desconhecidos, amigos, familiares ou namorados. José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-62461944892751371822013-10-29T19:04:00.002+00:002014-03-18T17:10:30.600+00:00Prova Modelo<a href="https://docs.google.com/document/d/1_dkj6RipNYPwaDZ4MAzi4ZCrpUHfwlj_OHlwUJ_LTkU/edit?usp=sharing">Prova Modelo 2011.</a>
<br><br>
É obrigatória a realização da prova numa <b>folha de teste.</b>
<br><br>
Consulte os <a href="http://bi.gave.min-edu.pt/exames/exames/eSecundario/520/?listProvas">Exames de Sociologia arquivados pelo GAVE</a>.José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-632631070751363412013-09-28T04:30:00.002+01:002013-10-01T02:04:17.867+01:00A utilidade dos blogues em Sociologia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-827Ym0wQhjM/UkcH4VN32iI/AAAAAAAAMyQ/cpcDszU7wbs/s1600/questionario-aos-alunos-2011-12.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-827Ym0wQhjM/UkcH4VN32iI/AAAAAAAAMyQ/cpcDszU7wbs/s1600/questionario-aos-alunos-2011-12.jpg" /></a></div>
A turma de 2011/12, com a qual foi lançado este blogue, respondeu a um <a href="https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dDFVcmN3VlB4YmxzWFMzY0Y5SWxVSkE6MQ#gid=0">Questionário</a> para avaliar o interesse da sua utilização. Após algumas questões para caracterização dos inquiridos, o questionário apresenta 3 Blocos:
<ul>
<li>I - Utilização de blogues como estratégia e recurso de aprendizagem</li>
<li>II - Avaliação e adequação das tarefas</li>
<li>III - Desenho do processo de regulação das aprendizagens</li>
</ul>
Sentiu-se necessidade desta <a href="https://docs.google.com/file/d/0B02HdCdJJWPKbnNKM3QxY1dydG8/edit?usp=sharing">avaliação</a> porque não é uma experiência comum no 12º ano.<br />
<br />
Um aluno respondeu sempre "ao contrário" para tentar dificultar a interpretação dos resultados, mas a generalidade da turma empenhou-se na tarefa, permitindo algumas conclusões interessantes. A <a href="https://docs.google.com/file/d/0B02HdCdJJWPKa2NaRDhPODdBM2s/edit?usp=sharing">caracterização da turma</a> revela o predomínio das raparigas, com idades próximas dos 18 anos, maioritariamente residentes no Cacém. Reflectindo os sinais dos tempos, apenas apenas 27,5% viviam com a família nuclear.<br />
<br />
Na fase de análise de dados utilizou-se o <a href="http://www.spss.com/">SPSS</a>, correspondendo todos os quadros a <i>outputs</i> deste.
<br />
<br />
1. <b>Apresenta</b> a análise de resultados deste questionário. <br />
NOTA: O texto deverá ter, pelo menos, 300 palavras.<br />
<br />
2. <b>Refere</b> em que medida a análise de resultados do questionário te motiva a desenvolver um blogue para a disciplina. José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-69836569064167883212013-09-26T20:21:00.000+01:002013-09-26T20:56:01.638+01:00Como as representações sociais dos professores determinam as suas práticas pedagógicas<iframe width="430" height="242" src="//www.youtube.com/embed/RlaNcEqQihs" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Professora de inglês que já trabalhou em <b>escolas públicas e particulares</b> (0:20)<br><br>
A investigadora, em 2006, estudou representações sociais dos professores de inglês, em Teresina, capital do Piauí, Brasil. Testou a seguinte <b>Hipótese</b>: H1 - <b>Os professores mudam a forma de ensinar de acordo com os alunos que encontram,</b> distinguindo as escolas públicas das privadas (0:40)<br><br>
<b>Questão de partida</b>: Quais as representações dos professores relativamente aos alunos nas escolas públicas? <br><br>
<b>Amostra</b>: De 30 professores contactados, 25 responderam a um questionário (1:00)<br><br>
Concluiu que H1 era <b>verdadeira</b>, isto é, que os professores efectivamente mudavam a forma de ensinar das escolas públicas para as privadas (2:30)<br><br>
Os professores de inglês <b>representam</b> o aluno da escola pública como <b>um aluno que tem vários défices</b>: défice cognitivo, défice cultural, défice alimentar, alunos sem motivação... (2:55) portanto <b>não dão todos os conteúdos</b> propostos, porque acham que se avançarem mais, os alunos não vão conseguir aprender, isto é, não conseguem interagir com o professor naquele conteúdo (3:44) <br><br>
Identificou um <b><i>habitus</i> professoral</b> da escola pública: não dão todos os conteúdos, dão conteúdos “desconectados”, fazem uma actividade qualquer para passar o tempo da aula não exercendo a sua função adequadamente (5:00). A própria escola é conivente com esta situação... não há um acompanhamento pedagógico eficiente... a duração das aulas é diminuída, o professor demora a entrar na sala de aula, os alunos saem antes da hora (6:10) ... a escola não tem um compromisso com o ensino (6:55)<br><br>
Os <b>pares</b> (dos professores e dos alunos) são desmotivados, às vezes “descompromissados” por agirem desta forma em sala de aula (7:00)<br><br>
Nas <b>conclusões finais</b>, a investigadora entendeu que as pessoas (alunos e professores) <b>não agem desta forma intencionalmente</b>, mas é o próprio sistema, <b>a forma como vêm o Mundo</b>, organizado em grupos com diferente poder de compra que as leva a sentirem-se marginalizadas (7:15)<br><br>
A investigadora considera interessante a teoria da humilhação, propondo-se relacionar esta teoria com o quotidiano escolar num estudo posterior, ao nível de <b>Doutoramento</b> (8:15)<br><br>
<b>Os alunos precisam de ter maior autoestima</b>, que lhes reconheçamos maior dignidade, para que eles consigam conquistar um lugar ao Sol (9:00).<br><br>
1. <b>Mostre</b> como o <i>habitus</i> professoral conduz inconscientemente os professores das escolas públicas a práticas pedagógicas menos selectivas.<br><br>
2. “Os alunos precisam de ter maior autoestima”. <b>Comente</b>, relacionando a autoestima com o empenhamento no trabalho escolar.<br><br>
<ul><li>Recursos semelhantes<br>
<a href="https://sites.google.com/site/sociologiaemaccao/3-socializacao-e-cultura/representacoes/bom-prof">Representações do "Bom Professor"</a></li></ul>José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-38737536063358898482013-09-24T20:54:00.001+01:002013-09-24T20:56:33.181+01:00Representações sociais e as contradições no inglêsO Ministro da Educação foi recentemente <a href="http://www.ionline.pt/artigos/portugal/pirueta-afinal-nuno-crato-ja-quer-ingles-obrigatorio-no-1-ciclo">acusado ter afirmado o oposto do que tinha dito cinco dias antes</a>. Como a política educativa deverá ser definida atendendo aos interesses da comunidade, as suas decisões são sempre justificadas por valores universais, invocados para lhes conferir lógica. <br><br>
<iframe width="450" height="338" src="//www.youtube.com/embed/nRggZDIccGA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
<br><br>
<ul><li>Nós damos <b>liberdade</b> às escolas para fazerem como quiserem... essas actividades são organizadas pelas escolas como quiserem… tanto podem oferecer inglês, como oferecer outra actividade. As escolas farão da maneira que quiserem... <b>autonomia</b> das escolas... (Nuno Crato, 18/SET/2013, 2:40) </li>
<li>Se nós queremos <b>preparar melhor os jovens</b> em língua inglesa, temos de introduzir o inglês, em currículo, no 1º ciclo. Não o fizemos este ano porque isso tem implicações imediatas no currículo do 2º e no 3º ciclos, e tudo isso tem de ser pensado em conjunto (Nuno Crato, 23/SET/2013, 0:25) </li></ul>
1. <b>Aponta</b> três características das representações sociais tendo em consideração as declarações de Nuno Crato a 18 e 23 de Setembro. <br><br>
2. <b>Justifica</b> esta pirueta de Nuno Crato tendo em consideração a polémica que a primeira decisão gerou.José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-57435258375106185182013-09-18T00:49:00.000+01:002013-09-20T00:07:29.716+01:00Representações sociais no discurso políticoConsidere o vídeo, cujas expressões mais significativas se transcreveram. <br><br>
<iframe width="400" height="225" src="//www.youtube.com/embed/pMbiPWjE_pw" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
<br><br>
<ul><li><b>Custe o que custar,</b> o país vai cumprir o programa de assistência económica. (0:02) Pedro Passos Coelho<br><br>
As taxas moderadoras vão ter um <b>aumento superior a 50%</b>, disse o Ministro da Saúde. (0:18) Locutora <br><br>
É inaceitável que num momento de crise social profunda, O Governo tenha colocado como prioridade o aumento para o dobro das taxas moderadoras, quando os portugueses já são hoje, no âmbito da OCDE e da União Europeia, dos que mais pagam directamente do seu bolso as despesas com a saúde. (0:34) ... Isto é um roubo às famílias, um roubo aos portugueses (1:30)... Para além da <b>inconstitucionalidade do roubo do direito à saúde</b>, também é tempo de Governo dizer a verdade aos portugueses... Particularmente os idosos vão sofrer muito com esta política. (1:33) Associação dos Médicos de Saúde Pública<br><br>
Esta <b>quadrilha</b> é muito perigosa. Num primeiro momento achei que devia haver algum respeito pelos <b>constrangimentos externos</b>, agora quando vêm dizer que independentemente dos constrangimentos externos aquilo é bom para o país! (2:41) Estão a destruir o país. Estão a vender. Aquilo que é chamado <b>pacote de ajuda</b> não é ajuda nenhuma, e aquilo a que agora chamam privatizações não são privatizações, é pura e simplesmente <b>vender o que resta das últimas parcelas de soberania económica</b> a Angola e à China. (3:31) ... Que há muito dinheiro que vai entrar nos <b>cofres do PSD</b> também não tenho dúvidas (3:53) ... O que Passos Coelho disse foi: “o país preciso disto!” Ou seja, alguém que precisa que os velhos morram em casa! (4:09) Clara Ferreira Alves<br><br>
Não tenho <b>receitas de transporte</b>. Ou as pessoas utilizam algum familiar ou simplesmente não vão às consultas (5:20). As pessoas começam a faltar às consultas porque para além de não terem meios de transporte, também não têm possibilidades económicas de se deslocar (5:30) Bombeiro <br><br>
Faltam a consultas e tratamentos porque não têm dinheiro para pagar o transporte (5:50) Locutora<br><br>
Não acha abominável que se discuta se alguém tem <b>direito à hemodiálise</b>? (6:00) Pivot de entrevista<br><br>
<b>Tem sempre o direito de pagar</b> (6:05) Manuela Ferreira Leite<br><br>
É preciso virar a página desta política. É preciso despedir estes políticos profissionais, que vemos na praça pública, para colocar profissionais na política criando <b>um novo projecto de construção social, uma nova mentalidade e um novo regime</b> (6:30) Associação dos Médicos de Saúde Pública<br><br>
O que é que diz o <b>estado de necessidade</b>? Por um lado o Estado é obrigado a cumprir a lei e os acordos do país, mas se ao cumpri-los provocar um dano ainda maior, então está autorizado a não os cumprir. Ou seja, se Estado para cumprir as suas obrigações com os credores, fecha as escolas, fecha os hospitais, fecha serviços públicos essenciais, e por outro lado, e provoca por exemplo situações que levam à morte de milhares de pessoas, de fome e frio, está a esvaziar-se da sua razão essencial de ser. Está a tornar-se ilegítimo. (7:20) Comissário do Conselho Europeu</li></ul>
<br><br>
1. <b>Evidencie</b> três características das <a href="http://sociologiaemaccao.blogspot.pt/2012/02/representacoes-sociais.html">representações sociais</a> utilizando os excertos transcritos. <br><br>
2. <b>Identifique</b> cinco representações sociais expressas na <a href="http://www.ohchr.org/EN/UDHR/Pages/Language.aspx?LangID=por">Declaração Universal dos Direitos Humanos</a>. <br><br>
3. <b>Apresente</b> dois exemplos de mobilização das representações sociais de Direitos Humanos para o discurso quotidiano. (Transcreva excertos da DUDH e comente-os)<br><br>
4. "Só é possível educar <b>aprendendo, ensinando, praticando, respeitando, protegendo e promovendo</b> os Direitos Humanos". <b>Comente</b>, utilizando alguns argumentos da imagem abaixo. <br><br>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-XhDs9KSleGg/UjuAuriQTzI/AAAAAAAALpU/YzIUksYmgNg/s1600/human-rights-guide-for-schools.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-XhDs9KSleGg/UjuAuriQTzI/AAAAAAAALpU/YzIUksYmgNg/s320/human-rights-guide-for-schools.jpg" /></a></div>
<br>
<a href="http://amnesty.org/en/library/asset/POL32/001/2012/en/7b237c0f-6568-41dd-9fdd-d60817e88f77/pol320012012eng.pdf">Becoming a Human Rights Friendly School - A GUIDE FOR SCHOOLS AROUND THE WORLD</a>José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-56328085035454683232013-04-25T18:31:00.000+01:002013-04-25T19:52:12.968+01:00Your Better Life Index Tutorial<b>Há mais vida para além dos números frios do PIB e das estatísticas económicas</b>. O <a href="http://www.oecdbetterlifeindex.org/">Índice Better Life</a> permite comparar o bem-estar entre os países, com base em <b>11 dimensões</b> (TOPICS) que a OCDE identificou como essenciais, nas áreas de condições materiais de vida e qualidade de vida: <a href="http://www.oecdbetterlifeindex.org/topics/housing/" target="_blank">Habitação</a>, <a href="http://www.oecdbetterlifeindex.org/topics/income/" target="_blank">Rendimento</a>, <a href="http://www.oecdbetterlifeindex.org/topics/jobs/" target="_blank">Emprego</a>, <a href="http://www.oecdbetterlifeindex.org/topics/community/" target="_blank">Comunidade</a>, <a href="http://www.oecdbetterlifeindex.org/topics/education/" target="_blank">Educação</a>, <a href="http://www.oecdbetterlifeindex.org/topics/environment/" target="_blank">Ambiente</a>, <a href="http://www.oecdbetterlifeindex.org/topics/civic-engagement/" target="_blank">Participação Cívica</a>, <a href="http://www.oecdbetterlifeindex.org/topics/health/" target="_blank">Saúde</a>, <a href="http://www.oecdbetterlifeindex.org/topics/life-satisfaction/" target="_blank">Satisfação com a Vida</a>, <a href="http://www.oecdbetterlifeindex.org/topics/safety/" target="_blank">Segurança</a> e <a href="http://www.oecdbetterlifeindex.org/topics/work-life-balance/" target="_blank">Equilíbrio Trabalho-Vida</a>. Além da generalidade dos países europeus também inclui Austrália, Brasil, Chile, Israel, Japão, Coreia, Nova Zelândia, Federação Russa, Turquia e Estados Unidos.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe frameborder="0" height="420" src="http://www.oecdbetterlifeindex.org/embed/?weight=00101015015&display=alpha" width="420"></iframe> </div>
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<br />
Cada uma destas dimensões é medida numa <b>escala de 0 a 10</b>. Por exemplo, a dimensão <b>rendimento</b> coloca no topo do <i>ranking</i> deste os Estados Unidos, o Luxemburgo e a Suíça, acima de 7,9; na cauda ficam Brasil, Chile, Turquia e México, abaixo de 0,9. Na dimensão <b>educação</b> a Finlândia e o Japão encontram-se acima de 8,8; Brasil, Turquia e México estão abaixo de 1,9. Com o seu <b>emprego</b> estão mais satisfeitos suíços, holandeses, noruegueses e luxemburgueses. <b>Portugal tem a sua melhor marca do ambiente, 7,9; e a pior na satisfação com a vida, 1,0.</b> <br />
<br />
O <i>site</i> permite observar os <b><i>rankings</i> por países</b>, comparando-os uns com outros de acordo com a classificação que obtiveram em cada tema e a ponderação atribuída pela OCDE (em <a href="http://www.oecdbetterlifeindex.org/topics/income/#nav-countries">COUNTRIES</a> ou <a href="http://www.oecdbetterlifeindex.org/topics/income/#nav-topics">TOPICS</a>). Certamente mais interessante é a ferramenta que permite <b>construir o seu índice Better Life</b>, atribuindo diferentes ponderações a cada tópico (<a href="http://www.oecdbetterlifeindex.org/#/11111111111">INDEX</a>). Nestes gráficos, cada <b>flor</b> representa um <b>país</b>; cada <b>pétala</b> representa <b>uma das onze dimensões</b> (tópicos). O <b>comprimento</b> de cada pétala representa a <b>pontuação</b> do respectivo país, enquanto a <b>largura</b> representa a <b>importância </b>que lhe foi atribuída.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.oecdbetterlifeindex.org/countries/portugal/" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-dVytiRnM4no/UXl64s3ms5I/AAAAAAAAJ4I/sCu0_OnkDMg/s320/poortugal-bettter-life.jpg" /></a></div>
<b>Clicando nas flores</b> obtém-se uma rápida descrição do respectivo país.
<br />
<br />
Your Better Life Index <b>Tutorial</b><br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="236" src="http://www.youtube.com/embed/655JXEsYL_E" width="420"></iframe>
<br />
Breve <b>justificação</b> de cada dimensão <br />
<br />
<b>Habitação</b><br />
Viver em condições de habitação satisfatórias é um dos aspectos mais importantes da vida das pessoas. <b>A habitação é essencial para atender às necessidades básicas</b>, como abrigo, mas não é apenas uma questão de quatro paredes e um teto. Habitação deve oferecer um lugar para dormir e descansar, onde as pessoas se sintam seguras e tenham privacidade e espaço pessoal, um espaço onde possam criar uma família. Todos estes elementos ajudam a fazer da habitação um lar. E, claro, há a questão de saber se as pessoas podem pagar pela habitação adequada. <br />
<br />
<b>Rendimento</b><br />
<b>Embora o dinheiro não possa comprar a felicidade, ajuda muito.</b> É um meio importante para atingir padrões mais elevados de vida e, portanto, maior bem-estar. Maior riqueza económica pode também melhorar o acesso à educação de qualidade, saúde e habitação.<br />
<br />
<b>Emprego</b><br />
O trabalho tem benefícios económicos óbvios, mas ter um emprego também ajuda os indivíduos a permanecerem conectados à sociedade, construírem a auto-estima e desenvolverem habilidades e competências. <b>Sociedades com altos níveis de emprego também são mais ricas, mais estáveis politicamente e mais saudáveis.</b><br />
<br />
<b>Comunidade</b><br />
Os seres humanos são criaturas sociais. <b>A frequência do nosso contacto com outras pessoas e da qualidade das nossas relações pessoais são determinantes cruciais do nosso bem-estar.</b> Os estudos mostram que o tempo gasto com amigos está associado a um nível médio mais elevado de sentimentos positivos, e um nível médio inferior de sentimentos negativos do que o tempo gasto noutras alternativas.<br />
<br />
<b>Educação</b><br />
A educação desempenha um papel fundamental concedendo aos indivíduos <b>os conhecimentos, as habilidades e competências necessárias para participar efectivamente na sociedade e na economia.</b> Além disso, a educação pode melhorar a vida das pessoas em áreas como a saúde, a participação cívica, o interesse político e a felicidade. Os estudos mostram que pessoas educadas vivem mais, participam mais activamente na política e na comunidade onde vivem, cometem menos crimes e dependem menos da assistência social.<br />
<br />
<b>Ambiente</b><br />
A qualidade do nosso meio ambiente local tem um impacto directo na nossa saúde e bem-estar. <b>Um ambiente preservado é uma fonte de satisfação</b>, melhora o bem-estar mental, permite que as pessoas recuperem do <i>stress</i> da vida quotidiana e para realizem actividade física. Ter acesso a espaços verdes, por exemplo, é uma parte essencial da qualidade de vida. Além disso, as nossas economias não dependem apenas de trabalhadores saudáveis e produtivos, mas também dos recursos naturais, como água, madeira, pesca, plantas e culturas.<br />
<br />
<b>Participação Cívica</b><br />
Hoje, mais do que nunca, os cidadãos exigem maior transparência dos seus governos. Informações sobre a quem, porquê e como as decisões são tomadas são essenciais para responsabilizar os governos, manter a confiança nas instituições públicas e apoiar condições justas para os negócios. Maior transparência não é apenas fundamental para a defesa da integridade no sector público, mas também contribui para uma melhor governação. Na verdade, <b>a abertura e a transparência podem melhorar os serviços públicos, minimizando o risco de fraude, corrupção e má gestão dos fundos públicos.</b><br />
<br />
<b>Saúde</b><br />
<b>Boa saúde traz muitos benefícios</b>, incluindo maior acesso à educação e ao mercado de trabalho, o aumento da produtividade e da riqueza, redução dos custos de cuidados de saúde, boas relações sociais e, claro, uma vida mais longa.<br />
<br />
<b>Satisfação com a Vida</b><br />
<b>A medição de sentimentos pode ser muito subjectiva, mas não deixa de ser um complemento útil</b> para dados mais objectivos quando se compara a qualidade de vida entre os países. Os dados podem fornecer uma avaliação pessoal de saúde dos indivíduos, educação, rendimento, realização pessoal e das condições sociais. <br />
<br />
<b>Segurança</b><br />
A segurança pessoal é um elemento essencial ao bem-estar dos indivíduos, e em grande parte <b>reflecte os riscos de as pessoas serem fisicamente agredidas ou vítimas de outros tipos de crime.</b> O crime pode levar a perda de vidas e bens, bem como à dor física, <i>stresse</i> pós-traumático e ansiedade. O maior impacto do crime sobre o bem-estar da população parece ser através do sentimento de vulnerabilidade que provoca.
<br />
<br />
<b>Equilíbrio Trabalho-Vida</b><br />
Encontrar um equilíbrio adequado entre o trabalho e a vida diária é um desafio que todos os trabalhadores enfrentam. Em particular, as famílias são as mais afectadas. Alguns casais gostariam de ter (mais) filhos, mas não vêem como se poderiam dar ao luxo de trabalhar menos. Outros pais estão felizes com o número de crianças na família, mas gostariam de trabalhar mais. Este é um desafio para os governos, porque se os pais não podem alcançar o equilíbrio trabalho/vida desejada, não é só o seu bem-estar que se reduz, mas assim o desenvolvimento do país. <b>Se os pais têm de escolher entre ganhar dinheiro e cuidar dos seus filhos, o resultado é que haverá muito poucos bebés e muito pouco emprego.</b><br />
<br />
Atribuindo ponderações elevadas às dimensões onde Portugal se encontra melhor posicionado, obtemos <b>representações de Portugal no topo</b> dos gráficos.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-rfXqnacmMb4/UXlwk2ceVvI/AAAAAAAAJ3w/RRLovUl0FQs/s1600/portugal-topo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-rfXqnacmMb4/UXlwk2ceVvI/AAAAAAAAJ3w/RRLovUl0FQs/s320/portugal-topo.jpg" /></a></div>
Atribuindo ponderações elevadas às dimensões onde Portugal se encontra pior posicionado, obtemos <b>representações de Portugal na cauda</b> dos <i>rankings</i>.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-_Tj0CNuLchI/UXlw6ial-hI/AAAAAAAAJ34/eCMsHpaUPLQ/s1600/portugal-fundo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-_Tj0CNuLchI/UXlw6ial-hI/AAAAAAAAJ34/eCMsHpaUPLQ/s320/portugal-fundo.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
1. <b>Discute</b> a posição de Portugal no contexto da União Europeia.José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-55782820488095797022013-04-23T02:16:00.001+01:002013-04-23T02:20:35.237+01:00Estatísticas 2012/13 - 2º PeríodoNão há melhor no 12º ano!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-naYKxCgRoVg/UXXgGlOPp6I/AAAAAAAAJ2o/UpGgntgrcaU/s1600/sociologia2012-13-2per.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-naYKxCgRoVg/UXXgGlOPp6I/AAAAAAAAJ2o/UpGgntgrcaU/s320/sociologia2012-13-2per.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-WHeD-7Lu_3w/UXXgu4f6aYI/AAAAAAAAJ2w/Ub5WW9RPbDA/s1600/sociologia12se1-2012-13-2per.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-WHeD-7Lu_3w/UXXgu4f6aYI/AAAAAAAAJ2w/Ub5WW9RPbDA/s320/sociologia12se1-2012-13-2per.jpg" /></a></div>
<br />
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<a href="http://economiax.blogspot.pt/2013/04/estatisticas-201213-2-periodo.html">Como foi em Economia?</a>José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-80031179226907387722013-02-18T22:27:00.001+00:002013-02-18T22:31:38.626+00:00Valores dos britânicos e dos americanos<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-pRDoBwbbljc/USKqOCcm_VI/AAAAAAAAJZM/eyUmxTZcfEg/s1600/valores-ingleses-e-americanos.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-pRDoBwbbljc/USKqOCcm_VI/AAAAAAAAJZM/eyUmxTZcfEg/s320/valores-ingleses-e-americanos.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<b>Os britânicos são mais tolerantes que os americanos.</b> Bastará recordar as suas posições sobre a pena de morte.
<br />
<br />
Fonte: <a href="http://www.economist.com/blogs/graphicdetail/2013/02/daily-chart-9?fsrc=nlw|newe|2-18-2013|5048482|37832284|">Videographics/The Economist</a>José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-47309717570870982242013-01-18T01:30:00.001+00:002013-02-09T03:42:29.832+00:00Sociologia do Corpo como linha de pesquisaPara treinar a <b>problematização e a crítica da sociedade</b> que nos rodeia, conscientes da necessidade de <b>rigor científico</b>, será conveniente abordar os temas de trabalho seguindo uma <b>linha de pesquisa</b> comum a todos grupos, que lhes confira alguma unidade teórica, estimulando o debate e orientando a pesquisa. O “corpo” encontra-se presente em todas as interacções sociais, embora raramente seja explicitamente referido em Sociologia. Assim, este apresenta-se como uma ferramenta útil para problematizar e repensar as relações sociais, que através do mesmo se procurarão objectivar, impondo disciplina metodológica à imaginação sociológica que se pretende simultaneamente fértil e disciplinada. <br><br>
A <a href="https://sites.google.com/site/sociologiaemaccao/e-books/A-sociologia-do-corpo-David-Le-Breton.pdf?attredirects=0&d=1">Sociologia do Corpo</a> (BRETON) constitui-se como uma perspectiva dedicada à compreensão dos fenómenos humanos, sociais e culturais. <b>A sua adopção como linha de pesquisa significa a mobilização desta teoria para a descoberta de um mundo simbólico</b>, objecto de representações e imaginários. Apresentam-se abaixo alguns aspectos desenvolvidos nesta obra. <br><br>
<b>As ambiguidades do referente “corpo”. </b>De que “corpo” se trata? – Qualquer questionamento sobre o corpo requer a enunciação, elucidação, construção daquilo que se subentende. O corpo não é uma natureza. Não se vêem só corpos. O que vê são homens e mulheres. Os sociólogos terão de construir a sua perspectiva de observação,
conscientes de que também o referente se encontra envolvido num véu de
representações (Breton, 1992:24).
<br /><br />
<b>Representações que constroem o “corpo</b>” (idem:26):<br>
- <b>Anatomia, conhecimento médico</b>. Observam-no como realidade objectiva, independente do homem, ie., um mecanismo com os órgãos e funções. Os médicos especialistas tratam ainda apenas de subconjunto destes, organizados em “aparelhos”;<br>
- A <b>cultura popular</b> identifica o corpo com a carne, a região visível, uma pele que transporta outros componentes;<br>
- A <b>pessoa</b>. Quando mostramos o que o corpo faz, capacidades e seus limites do homem, em interacção com os outros e a natureza.<br><br>
Nas <b>sociedades ocidentais</b> a representação dominante do corpo é a da medicina,
caracterizando uma sociedade individualista que separa o corpo da pessoa. A
palavra “corpo” nem é aplicada exclusivamente a humanos, podendo referir-se a
qualquer <b>estrutura</b>: “Tudo o que ocupa espaço e constitui unidade orgânica ou
inorgânica” (DLPO).<br><br>
O corpo é uma <b>falsa evidência</b>, não é um dado inequívoco, mas uma construção social e cultural. Nas sociedades ocidentais o destaque dos indivíduos relativamente à comunidade resulta da sua transformação social e cultural, que o coloca em evidência para o distinguir dos outros, observando Durkheim que “é preciso um <b>factor de individualização</b>, sendo o corpo que desempenha esse papel”.
<br /><br>
O corpo é uma <b>estrutura simbólica</b> (idem:29). O conhecimento biomédico é a sua representação oficial, mas não recolhe a unanimidade nem dos seus especialistas, pois estes frequentemente indicam “medicinas paralelas” ou “alternativas”, visando o
alívio do sofrimento físico: o ioga, a medicina chinesa, a acupuntura, etc. que
transportam outras representações do corpo. Compete à <b>Sociologia</b> compreender e explicar esta estrutura simbólica, descrevendo as suas representações, os imaginários, os desempenhos e os limites infinitamente variáveis conforme as sociedades.
<br /><br />
O <b>corpo da modernidade</b>, estudado pela Sociologia, resulta do advento do <b>individualismo</b> nas sociedades capitalistas, que identifica o corpo como um componente autónomo da própria pessoa. Este é o elemento que estabelece a fronteira entre o espaço social e o espaço de soberania individual. Nas sociedades tradicionais, de dominante comunitária, na qual o estatuto da pessoa se subordina ao colectivo, diluindo-se no grupo, esta cisão não faz sentido.
<br /><br />
<b>O corpo não existe em estado natural</b>, sempre está compreendido na trama
social de sentidos, mesmo em suas manifestações aparentes de insurreição,
quando provisoriamente uma ruptura se instala na transparência da relação
física com o mundo do actor (dor, doença, comportamento não habitual, etc.).
<br /><br />
<b>A tarefa da Sociologia </b>(idem:32)<br>
A <b>Sociologia</b>, cujas pesquisas têm no corpo seu fio condutor, não deve nunca esquecer da ambiguidade e da efemeridade de seu objecto, a qualidade que possui de
incentivar questionamentos muito mais que de constituir fonte de certezas.
Deve sempre <b>estudar o comportamento do actor em função da situação,</b> para não ceder ao dualismo que invalidaria a análise. O significante "corpo" funciona, para a sociologia, como um mito no sentido de G. Sorel: ele <b>cristaliza o imaginário social, provoca as práticas e as análises que continuam a explicar sua legitimidade, a provar de maneira incontestável sua realidade.</b> Mas o sociólogo não esquece que ele próprio vive num mundo de categorias mentais inseridas na trama da história social, e, de modo geral, na trama da história das ciências.
<br /><br />
De modo mais específico, o qualificativo "corpo" que limita o campo dessa sociologia é uma "<b>forma simples</b>" no sentido de André Jolles: "Todas as vezes que uma <b>actividade do espírito conduz a multiplicidade e a diversidade do ser e dos acontecimentos a cristalizar-se para adquirir uma certa forma</b>, todas as vezes que essa diversidade, percebida pela língua em seus elementos primeiros e indivisíveis e transformada em produção da linguagem, puder ao mesmo tempo querer dizer e significar o ser e o acontecimento, diremos que ocorre o nascimento de uma forma simples" cujas
<b>actualizações sociais e culturais</b> é preciso conhecer.<br><br>
<b>O “corpo" é uma linha de pesquisa e não uma realidade em si</b>. É preciso então marcar o distanciamento da sociologia de Durkheim, segundo a qual o corpo é estritamente redutível ao biológico. O conhecimento biomédico representa uma espécie de verdade universal do corpo que uma parte das sociedades humanas não conseguiu
adquirir, como provam os numerosos curandeiros das nossas tradições rurais. <b>Etnocentrismo</b> elementar ao qual cedem, no entanto, numerosos pesquisadores.
<br /><br />
<b>A independência do discurso sociológico</b> (idem:34)<br>
A <b>medicina e a biologia</b> propõem um discurso sobre o corpo aparentemente irrefutável, culturalmente legitimo. Mas, tanto uma quanto a outra compartilham um conhecimento de outra categoria. Detêm, de certa forma, um conhecimento "oficial", ensinado na universidade, isso quer dizer que visam à universalidade e sustentam as práticas legítimas das instituições médicas ou de pesquisa. No entanto, esse monopólio da "verdade" é disputado pelas medicinas que repousam sobre as tradições populares, variáveis conforme as culturas, ou sobre outras tradições do conhecimento (acupuntura, homeopatia, quiropraxia, medicina ayuvérdica, etc.) que por sua vez se apoiam em outras <b>representações do corpo humano</b>.
<br /><br>
<b>O sociólogo não pode então tomar partido nesses conflitos de legitimidade</b> ou
nessas coexistências paradoxais que lembram justamente o carácter sempre social
e cultural das obras humanas; antes de tudo, tem como tarefa tornar perceptíveis
os imaginários do corpo presentes na medicina moderna ou nas outras medicinas;
assim como apreender os procedimentos variados usados nas curas e compreender as
virtudes apregoadas.
<br /><br>
A sociologia aplicada ao corpo distancia-se das asserções médicas que desprezam as dimensões pessoal, social e cultural nas percepções do corpo. Tudo se passa como se a
representação anatomofisiológica tivesse que escapar da história para entregar-se ao absoluto.
<br /><br />
<b>Uma Sociologia do corpo? </b>(idem:35)<br>
Uma "sociologia do corpo", lúcida em relação às ameaças que pesam sobre ela, mas que ao afastá-las descobre <b>um continente a ser pesquisado</b>, quase inexplorado, onde a inteligência e a imaginação sociológica do pesquisador se podem desenvolver. Essa via central da pesquisa pode, por outro lado, alimentar-se avidamente das análises levadas a cabo em outros lugares e para outras finalidades.
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-80033917989743783932012-11-08T18:57:00.002+00:002012-11-08T19:00:41.634+00:00Representações do Bom Aluno<object id="playerSIC2010" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=9,0,0,0" width="420" height="342" align="middle" classid="clsid:d27cdb6e-ae6d-11cf-96b8-444553540000"><param name="Movie" value="http://sic.sapo.pt/online/flash/playerSIC2010.swf?urlvideo=http://videos.sapo.pt/aBnIidjh0jO0r0jN0UoI/mov/1&Link=http://sic.sapo.pt/online/video/programas/Querida+Júlia/2012/8/video-27-08-2012-122016.htm&embed=true&autoplay=false&rxml=http://sic.sapo.pt/proj_queridajulia/scripts/xml/LastVideos.aspx&tvideo=http://videos.sic.pt/CONTEUDOS/sicweb/QJ_24ag_2_2782012121431_web.jpg"></param><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="AllowFullScreen" value="true"><param name="AllowScriptAccess" value="always"><embed name="playerSIC2010" src="http://sic.sapo.pt/online/flash/playerSIC2010.swf?urlvideo=http://videos.sapo.pt/aBnIidjh0jO0r0jN0UoI/mov/1&Link=http://sic.sapo.pt/online/video/programas/Querida+Júlia/2012/8/video-27-08-2012-122016.htm&embed=true&autoplay=false&rxml=http://sic.sapo.pt/proj_queridajulia/scripts/xml/LastVideos.aspx&tvideo=http://videos.sic.pt/CONTEUDOS/sicweb/QJ_24ag_2_2782012121431_web.jpg" bgcolor="#000000" width="420" height="342" align="middle" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" type="application/x-shockwave-flash" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" /></object>
<br><br>
Até aos 14 anos andei distraído mas tinha desgosto com isso… (02:34) porque não tinha organização, não sabia por onde havia de começar… (02:50). (...) Eu também fui mau aluno. Quando chumbei... o meu pai perguntou-me, e eu comecei a chorar. E ele disse-me: “Olha, tu ao menos tiveste o <b>desgosto</b>!” Quando a pessoa tem o desgosto vai fazer imediatamente que isso não se volte a repetir, porque há muitos que nem desgosto têm (25:30).
<br><br>
No texto abaixo podemos observar outras representações do universo escolar, associadas à sua experiência pessoal. Por exemplo, a indicação do <b>desporto</b> encontra-se associado a um dado biográfico a saber: o autor foi atleta do Benfica!<br>
<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_HqjPVvZ1cRI/SMr9KCD9IfI/AAAAAAAACK8/VynHyS_psIQ/s1600-h/bora-la.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://2.bp.blogspot.com/_HqjPVvZ1cRI/SMr9KCD9IfI/AAAAAAAACK8/VynHyS_psIQ/s400/bora-la.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5245283064820343282" /></a>
Fonte: <a href="http://www.meiahora.pt/">Meia-Hora.</a>
<br><br>
1. "Mas essa parte não era para se dizer" (02:22). <b>Porquê?</b>
<br><br>
2. <b>Identifica</b> no texto outras representações do "bom aluno". José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-25380604238456387632012-09-19T21:39:00.001+01:002012-09-20T12:34:37.542+01:00O abraço de AdrianaA imagem abaixo tornou-se viral após a manifestação de 15 de Setembro de 2012.
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-JkGTzGT_ubU/UFoqXI2WdtI/AAAAAAAAHUw/I7W2rDdiGSg/s1600/abraco-adriana-15-setembro-2012.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="225" width="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-JkGTzGT_ubU/UFoqXI2WdtI/AAAAAAAAHUw/I7W2rDdiGSg/s400/abraco-adriana-15-setembro-2012.jpg" /></a></div>
<ul><li>“Porque é que estão aqui?”<br><br>
“Estou aqui porque é o meu trabalho.”<br><br> “Mas não preferias estar connosco, deste lado?”<br> <a href="http://www.ionline.pt/mundo/abraco-da-adriana-ao-sergio-ou-paz-tempos-colera">www.ionline.pt</a>
</li></ul>
Certamente que a imagem expressa os sentimentos de muitas pessoas que se <b>identificam</b> de formas variadas com ela, tendo-se tornado um <b>símbolo</b> da data.<br><br>
1. <b>Quem</b> transformou esta foto em símbolo do 15/SET/12?<br><br>
2. <b>Expressa</b> por palavras tuas o conceito de representações sociais.<br><br>
3. <b>Refere</b> algumas representações sociais associadas ao abraço de Adriana.<br><br>
<b>Recursos</b><br><br>
<ul><li><a href="http://sociologiaemaccao.blogspot.pt/2011/08/representacoes-sociais.html">Conceito de Representações Sociais</a></li>
<li><a href="http://www.ionline.pt/mundo/abraco-da-adriana-ao-sergio-ou-paz-tempos-colera">www.ionline.pt</a></li>
<li><a href="http://expresso.sapo.pt/conheca-a-jovem-que-abracou-policia-em-lisboa=f754189">Entrevista a Adriana - Vídeo no Expresso</a></li>
</ul>
José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-6137408216855707652012-05-24T16:18:00.000+01:002012-05-24T16:34:21.312+01:00Inquérito aos alunos da Universidade de Lisboa mostra que a selectividade social no ingresso faz-se sentir mais em certos cursos, como Medicina e Belas-ArtesApesar da democratização do ensino superior nos últimos anos, o acesso à faculdade continua a estar condicionado por factores extra-escolares, como as habilitações académicas, os rendimentos e a ocupação dos pais. Esta foi uma das conclusões a que chegaram Ana Nunes de Almeida e Maria Manuel Vieira, a partir de um estudo sobre o retrato social dos estudantes inscritos no 1.º ano de cada um dos cursos das sete faculdades da Universidade de Lisboa (UL), em 2003/2004. A tal ponto que é mesmo possível afirmar-se que "<b>os mecanismos de reprodução de posições de privilégio ou desfavor entre gerações funcionam implacavelmente no sistema de ensino português</b>".<br><br>
O facto de os pais com níveis de escolaridade mais elevados estarem sobre-representados entre os mais de dois mil inquiridos da Universidade de Lisboa é apenas uma das expressões da "desigualdade de oportunidades no acesso dos jovens aos níveis mais elevados do sistema educativo". Por exemplo, se <b>62,5 por cento de toda a população portuguesa entre os 40 e os 60 anos tinha no ano do estudo a 4.ª classe como habilitação máxima</b>, entre os pais dos alunos da UL essa percentagem fica-se pelos 21 por cento.<br><br>
No extremo oposto, encontram-se os 33 por cento de progenitores com um curso superior, contra uma média inferior a dez por cento no conjunto do país. Sendo que esta selectividade social se faz sentir de forma mais acentuada<b> em determinados faculdades, como Medicina (quase metade dos pais são licenciados)</b>, Medicina Dentária, Farmácia ou Belas-Artes. <b>A estes cursos chegam os alunos com notas mais elevadas. E o estudo mostra novamente haver uma sobre-representação das famílias com rendimentos superiores nos alunos com melhores classificações.</b> <br><br>
Os dados sugerem um "cenário de cumplicidade entre certas franjas sociais e certas faculdades". Por exemplo, apenas 4,6 por cento dos alunos de Medicina são oriundos de famílias com um rendimento <i>per capita</i> inferior a 250 euros mensais, contra 8,4 por cento na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação.<br><br>
A ocupação profissional dos progenitores é outra variável determinante. Em 2003/2004, <b>dois terços dos novos alunos eram oriundos de "agregados familiares detentores de elevados recursos técnico-profissionais"</b>. Os filhos de "operários e artífices" e de "trabalhadores não qualificados" representavam 17 por cento. Estudos anteriores demonstraram que esta <b>proporção se agrava ao longo da faculdade</b>, com as classes mais elevadas a ganharem peso entre os que concluem o curso e as restantes a diminuírem".<br><br>
<i>Fonte:</i> PÚBLICO, 15.03.2007José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-81132830910768938262012-05-11T20:47:00.000+01:002014-05-30T01:36:36.035+01:00Pobreza e exclusão social<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-XQkNk_t7RtQ/T77msoLa9aI/AAAAAAAAGHs/shv9sA_3rYk/s1600/lagosta-e-hamburguer.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="400" width="200" src="http://1.bp.blogspot.com/-XQkNk_t7RtQ/T77msoLa9aI/AAAAAAAAGHs/shv9sA_3rYk/s400/lagosta-e-hamburguer.jpg" /></a></div>
<div><b>Provavelmente nunca terá optado entre uma lagosta e um hambúrguer</b>, porque quem “gosta” de lagostas não tem ”apetite” para hambúrgueres, e quem come hambúrgueres nem sonha com lagostas. Observamos que uns bens fazem parte dos padrões culturais dos estratos sociais superiores, enquanto outros se encontram associados aos estratos inferiores. Isto significa que a sociedade se encontra organizada de modo a apresentar justificações legítimas para a <b>exclusão social</b>.</div>
<br />
<br />
Certamente nunca o Mundo foi tão rico quanto hoje. Muitas pessoas estão indignadas pelo modo iníquo como os ganhos da globalização têm sido distribuídos. A percepção de que vivemos na mesma aldeia global permite que todos possam comunicar as suas ideias, e os mais optimistas até podem encarar as crises como oportunidades. Participar neste diálogo é difícil, até porque os novos mecanismos de diálogo e de decisão ainda não estão criados, abrindo espaço para a criatividade. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=mjBX3T1F39c" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="241" src="http://2.bp.blogspot.com/-Uwqaaj6gu4A/T70AaIWSyTI/AAAAAAAAGHQ/s52XDFBF57A/s400/integracao-social.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-size: x-small;">Clique na imagem para ver o vídeo
</span></div>
<br />
Podemos definir <b>exclusão</b>, como as estratégias que os grupos adoptam para se separarem dos estranhos, impedindo-os do acesso a recursos de valor (Giddens,2001, p. 306).<br />
<br />
Outra abordagem da <b>exclusão social</b> consiste em recordar os direitos e deveres de cidadania. Se ler a <a href="http://www.parlamento.pt/Legislacao/Paginas/ConstituicaoRepublicaPortuguesa.aspx">Constituição</a> ficará cansado só de conhecer a sua lista de direitos. Certamente lhe reconhecerão o direito a ser eleito, à saúde, à educação, ao trabalho, etc. Como sabe, <b>os indivíduos de estratos sociais mais desfavorecidos não têm efectivamente o estatuto de cidadania plena,</b> quer dizer, vivem impedidos de participar segundo os padrões de vida tidos por aceitáveis na sociedade em que vivem. Nesta definição está implícito o seu oposto: alguns grupos da população, com <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedigree"><i>pedigree</i></a> (*), encontram lugares facilmente elegíveis nas listas dos partidos, podem escolher os melhores médicos, as escolas mais caras, viver em condomínios fechados, nunca ficam desempregados, etc.
<br />
<br />
O conceito de <b>pobreza absoluta</b> é difícil de operacionalizar, porque nunca saberemos abaixo de quantos euros/mês é que um indivíduo não tem capacidade para satisfazer as suas necessidades.<br />
<br />
<ul>Nos primeiros tempos da ONU, a pobreza era medida em termos
da capacidade de obter um número mínimo de calorias ou de ter um nível mínimo
de rendimentos para satisfazer as necessidades (pobreza em termos de
rendimentos). O “limiar de pobreza” definia esse nível mínimo e os pobres eram
aqueles cujos rendimentos ou ração calórica eram inferiores a esse mínimo. Um
indicador utilizado habitualmente para efeitos das comparações internacionais de
pobreza de rendimentos é o de <b>1 ou 2
dólares por dia</b> (poder de compra equivalente a 1 ou 2 dólares nos Estados
Unidos em 1993). Houve mudanças ao nível das ideias sobre a forma de medir a
pobreza, tendo havido tentativas de integrar no indicador algumas das suas diferentes
dimensões.
<a href="http://www.unric.org/html/portuguese/uninfo/material_pedagogico/Pobreza.pdf">http://www.unric.org/html/portuguese/uninfo/material_pedagogico/Pobreza.pdf</a></ul>
Portugal não consta da lista dos países mais pobres, segundo o <a href="http://hdr.undp.org/en/media/HDR_2011_EN_Table5.pdf">Índice de Pobreza Multidimensional</a>, o indicador mais recente da ONU para acompanhar o fenómeno. Mesmo assim, alguns grupos sociais - minorias étnicas, trabalhadores precários ou desempregados, pensionistas e reformados - viverão situações de pobreza no nosso país. <br />
<br />
Nos países mais pobres a escolaridade é mais reduzida, contribuindo para perpetuar a situação.
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe frameborder="0" height="325" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="http://www.google.com/publicdata/embed?ds=kthk374hkr6tr_&ctype=b&strail=false&bcs=d&nselm=s&met_x=indicator_38406&scale_x=lin&ind_x=false&met_s=indicator_38406&scale_s=lin&ind_s=false&met_c=indicator_103106&scale_c=lin&ind_c=false&met_y=indicator_103706&scale_y=lin&ind_y=false&ifdim=country&tunit=Y&pit=1320206400000&hl=en_US&dl=en&ind=false&icfg&iconSize=0.5" width="400"></iframe>
</div>
<br />
<br />
Interessa pensar na pobreza em relação aos padrões médios de consumo nas sociedades:
<br />
<ul> «<b>Pobreza relativa</b>» define como pobres aqueles que «não têm possibilidade de participar das actividades, condições de vida e conforto consideradas habituais na sua sociedade». Portanto um pobre no Luxemburgo ou na Noruega, em função dos padrões locais habituais de alimentação, vestuário, etc., terá provavelmente padrões de vida superiores à classe média em Portugal. Este conceito de pobreza como carência ou privação social implica que o critério-padrão de pobreza se torna mais exigente quando as condições de vida melhoram, o que na verdade implica que a pobreza nunca poderá ser totalmente eliminada, excepto talvez se a distribuição do rendimento se tornar igual entre todos os indivíduos da sociedade.
<a href="http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223990554E7tDF6uf1Tb56WD7.pdf">http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223990554E7tDF6uf1Tb56WD7.pdf</a></ul>
<br />
<br />
O <a href="http://estatisticax.blogspot.pt/2007/11/curva-de-lorenz-e-coeficiente-de-gini.html">Coeficiente de Gini</a> indica que os países da OCDE onde o rendimento se encontra pior distribuído são: <b>Chile, México</b>,... Turquia,... Estados Unidos da América, Israel,... <b>Portugal</b>, Reino Unido...
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe frameborder="0" height="325" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="http://www.google.com/publicdata/embed?ds=z8ehg1neoorltg_&ctype=l&strail=false&bcs=d&nselm=h&met_y=incinequal_t1a&scale_y=lin&ind_y=false&rdim=country_group&idim=country_group:OECD:NMEC&idim=country:CZE:DEU:FRA:PRT:NOR:NLD:MEX:CHL:BEL:AUS:GBR:USA:ESP:CHE:SWE:SVN:SVK:POL:GRC:FIN:DNK:TUR:NZL:LUX:KOR:JPN:ITA:ISR:IRL:ISL:HUN:EST:CAN:AUT&ifdim=country_group&tstart=-618886800000&tend=2536873200000&hl=en_US&dl=en_US&ind=false" width="400"></iframe>
</div>
<br />
<br />
O antropólogo <a href="http://www.infopedia.pt/$oscar-lewis">Oscar Lewis</a>, definiu “<b>cultura de pobreza</b>”, que é referenciado num programa que visa a
contextualização das políticas públicas de cunho social:
<br />
<br />
<ul> A cultura da pobreza é ao mesmo tempo, uma <b>adaptação e uma reacção dos pobres à sua posição marginal na sociedade capitalista, extremamente individualista. Representa um esforço para combater os sentimentos de desespero que surgem quando os pobres compreendem o quanto é improvável que tenham êxito concebido segundo valores e objectivos da sociedade em que vivem.</b> (...) A cultura da pobreza não é somente uma adaptação a uma série de condições objectivas do conjunto da sociedade. Uma vez que se manifeste, tende a perpetuar-se de geração em geração, em razão do efeito que produz nas crianças. Quando as crianças dos cortiços atingem seis ou sete anos, em geral já assimilaram os valores básicos e os hábitos da sua sub-cultura, e não se encontram em condições psicológicas para aproveitar plenamente a evolução ou os progressos possíveis de acontecer durante sua vida.<br>
<a href="http://joinpp.ufma.br/jornadas/joinppIII/html/Trabalhos/EixoTematicoC/2031ac9f3d7c649ef65fAndrea%20Santos%20de%20Jesus_Jo%C3%A3o%20Bosco%20Costa.pdf">http://joinpp.ufma.br/jornadas/joinppIII/html/Trabalhos/EixoTematicoC/2031ac9f3d7c649ef65fAndrea%20Santos%20de%20Jesus_João%20Bosco%20Costa.pdf</a></ul>
<br />
<br />
O conceito de Lewis foi criticado por sugerir <b>o carácter fatalista ou auto-sustentado da pobreza</b>, fornecendo argumentos preciosos aos <b>políticos que desejavam cortar recursos financeiros atribuídos às políticas sociais.</b>
<br />
<br />
<ul>Tentou-se calcular o «<b>limiar de pobreza</b>» na África-do-Sul: esse limiar foi definido como «uma estimativa do rendimento necessário a uma família para atingir um nível mínimo determinado de saúde e de dignidade»; foi calculado em função do custo (aos mais baixos preços de retalho) dum orçamento correspondente ao estritamente necessário, ou seja:<br />
a) uma quantidade e uma variedade de produtos alimentares
que, tendo em conta a idade e o sexo, possam assegurar a cada membro da família
a qualidade e o valor em calorias, proteínas, gorduras e vitaminas necessárias
à manutenção da saúde, segundo os cálculos dos peritos em dietética, atendendo aos
hábitos alimentares da colectividade;<br />
b) o mínimo de vestuário indispensável â protecção da saúde
e compatível com as normas sociais da decência;<br />
c) o mínimo de combustível e de iluminação compatível com a
manutenção da saúde, tendo em conta os costumes adoptados pela colectividade;<br />
d) o mínimo de artigos de higiene e manutenção para uso
pessoal e doméstico, compatível com as necessidades e os costumes;<br />
e) as despesas de transporte entre o domicílio e o local de
trabalho dos membros da família com trabalho remunerado;<br />
f) o custo do alojamento.<br />
Este nível é talvez mais interessante pelo que omite do que
pelo seu conteúdo. Nada se prevê nele em matéria de despesas quanto a
distracções, desportos, medicamentos, educação, economias, compras ocasionais,
férias, utilização dos transportes em comum, compra de jornais, artigos de
papelaria, tabaco e doces, passatempos, ofertas, «dinheiro de bolso» ou
quaisquer outras pequenas despesas «supérfluas». Nada nele se
prevê para a substituição de colchoaria, mobiliário ou loiça. <b>Não é um nível de vida «humano».</b>
<a href="http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1224251406G7xNH9uk3Yy15TR7.pdf">http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1224251406G7xNH9uk3Yy15TR7.pdf</a></ul>
<br />
<br />
Evidentemente que a escassez de rendimento, poderá estar na origem da <b>exclusão social</b>, embora esta possa ser atribuída a outros motivos. Assim:<br />
<ul> (...) «não faz qualquer sentido tentar apreender os excluídos como uma categoria. São os processos de exclusão que importa ter em conta. (...) O importante é, em primeiro lugar, analisar bem a natureza das trajectórias que
conduzem às situações de exclusão...» (Rosanvallon, 1995: 202).
<a href="http://www.aps.pt/cms/docs_prv/docs/DPR4628c4a5f1b41_1.pdf">http://www.aps.pt/cms/docs_prv/docs/DPR4628c4a5f1b41_1.pdf</a></ul>
<br />
<br />
A doença e a dependência para realizarem a sua própria higiene estão na origem de trajectórias de exclusão social entre os <b>idosos</b>. Entre os <b>jovens</b>,
o consumo de drogas é referido frequentemente como factor de exclusão:<br />
<ul> Estes jovens parecem sentir-se “abandonados” (pela família,
pelos outros jovens, pelas instituições concelhias e pela sociedade em geral)
ao seu destino, marcado por um “presente incerto” e por uma nítida
“desvalorização do futuro”. Vivendo tempos incertos, que transportam consigo o
“abandono”, a indiferença e a selectividade, valores tornados substitutos da
“esperança”, onde o acesso ao emprego se afigura improvável, cedendo lugar ao
desemprego (pelas baixas qualificações, pelos baixos níveis de escolaridade de
que são portadores e ainda pela condição de dependência face à droga), “em
busca de alternativas, são remetidos para a marginalidade”, optando por um modo
de vida que se designou como “delinquência de precariedade”, claramente
inscrito numa dimensão de sobrevivência quotidiana. Vêm assim reforçadas,
reconhecem e assumem todas as condições de vulnerabilidade e de exclusão social
no mais amplo sentido do termo.
<a href="http://www.aps.pt/cms/docs_prv/docs/DPR492598b8e57f0_1.pdf">http://www.aps.pt/cms/docs_prv/docs/DPR492598b8e57f0_1.pdf</a></ul>
<br />
<br />
Destacam-se dois factores genéricos referidos no texto, como motivo de exclusão social juvenil. O <b>desemprego</b> que tem crescido exponencialmente graças ao desenvolvimento tecnológico sem precedentes, à transferência maciça de trabalho para o <i>self-service</i> e à deslocalização para a Ásia. Também se invoca o <b>baixo nível de escolaridade</b>, apesar desta geração de jovens ser a mais escolarizada.
<br />
<br />
1. <b>Distingue</b> dois conceitos de pobreza.
<br />
<br />
2. <b>Distingue</b> pobreza de exclusão social.
<br />
<br />
3. <b>Identifica</b> as categorias sociais mais vulneráveis à pobreza.
<br />
<br />
4. <b>Refere</b> os factores que influenciam a produção e reprodução da pobreza.
<br />
<br />
<b>Recursos</b><br />
<br />
<ul>
<li><a href="http://www.publico.pt/temas/jornal/sos-na-zona-pobre-27140130">SOS na zona pobre</a></li>
<li><div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Isabel Guerra (Dinâmia-CET, ISCTE),<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.aps.pt/cms/imagens/ficheiros/FCH4d70d08c2f759.pdf" target="_blank"><em><span style="color: windowtext;">Contribuições
para uma agenda de reforço da coesão social na sociedade portuguesa</span></em></a><o:p></o:p></span></b></div></li>
<li><div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">David Justino (U. N. de Lisboa),<span class="apple-converted-space"><i> </i></span><a href="http://www.aps.pt/cms/imagens/ficheiros/FCH4d70cff47f8b5.pdf" target="_blank"><em><span style="color: windowtext;">Pobreza
e responsabilidade social na era da globalização</span></em></a><o:p></o:p></span></b></div></li>
<li><div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Pedro Perista e Isabel Baptista (CESIS),<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.aps.pt/cms/imagens/ficheiros/FCH4d70d0769e0c9.pdf" target="_blank"><em><span style="color: windowtext;">Estruturalidade
da pobreza em Portugal</span></em></a><o:p></o:p></span></b></div></li>
<li><div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Fernando Diogo (U. dos Açores),<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.aps.pt/cms/imagens/ficheiros/FCH4d70d05d928f2.pdf" target="_blank"><em><span style="color: windowtext;">Trabalhadores
pobres ou pobres trabalhadores, o caso dos beneficiários do RSI</span></em></a><o:p></o:p></span></b></div></li>
<li><div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Manuel Sarmento (U. do Minho),<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.aps.pt/cms/imagens/ficheiros/FCH4d70d0ae0bce7.pdf" target="_blank"><em><span style="color: windowtext;">Pobreza,
Exclusão e políticas públicas inclusivas para a Infância</span></em></a><o:p></o:p></span></b></div></li>
<li><div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Alexandra Castro (Dinâmia-CET, ISCTE),<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.aps.pt/cms/imagens/ficheiros/FCH4d70cfc3f1ff2.pdf" target="_blank"><em><span style="color: windowtext;">Ciganos
e a orientação explícita, mas não exclusiva das políticas sociais: a construção
de um caminho em Portugal?</span></em></a><o:p></o:p></span></b></div></li>
<li><div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Alexandra Lopes (U. do Porto), <a href="http://www.aps.pt/cms/imagens/ficheiros/FCH4d70d03d019fe.pdf" target="_blank"><em><span style="color: windowtext;">Idosos
e riscos de exclusão social, as dimensões monetária e não monetária</span></em></a><o:p></o:p></span></b></div></li>
<li><a href="http://www.youtube.com/watch?v=TbCwZyJEb8Y">O recurso escasso do futuro: a água</a><br></li>
<li><a href="http://netodays.blogspot.pt/2012/04/em-portugal-quem-paga-austeridade-sao.html">Austeridade: Portugal é o único país com uma distribuição claramente regressiva</a></li>
<li> <a href="http://economico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/edicion_impresa/economia/pt/desarrollo/1046490.html">Há dois milhões de pobres em Portugal</a></li>
<li> <a href="https://docs.google.com/file/d/0B02HdCdJJWPKZzcyeGMta012ZWM/edit?usp=sharing">Se o Mundo fosse uma aldeia com 100 pessoas</a> PPS recebido por <i>mail</i>, para demonstrar que somos mal agradecidos pela nossa "sorte"</li>
<li><a href="http://www.oxfam.org/sites/www.oxfam.org/files/cs-true-cost-austerity-inequality-portugal-120913-en.pdf">THE TRUE COST OF AUSTERITY AND INEQUALITY</a>, Setembro de 2013, OXFAM. <br>
Vitor Gaspar, advertiu que "a disciplina orçamental" não vai acabar, mesmo que as medidas de austeridade acordadas entre a Troika e o Governo Português sejam respeitadas e concluídas em 2014. Gaspar afirmou ainda que o trabalho para reduzir os níveis de dívida não será concluída em 2014 ou no ano seguinte: "Vai levar os esforços de uma geração".
</li>
</ul>
<br />
<br />
<hr />
NOTA<br />
(*) O termo <b><i>pedigree</i></b> foi utilizado para simplificar a escrita. Pretende enfatizar a ideia que muitas famílias são cultas e ricas, porque já está na linha do seu sangue um passado recheado com ascendentes "nobres".José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-57358437413133330042012-05-05T20:33:00.000+01:002014-10-25T01:30:54.901+01:00Globalização e identidade culturalSintetizamos sob o título acima dois temas que o teu manual
aborda separadamente: (1) Género e Identidades Sociais e (2) Migrações,
identidades e culturais e etnicidade. Começamos por distinguir sexo de género
recorrendo a uma referência a Simone de Beauvoir:<br />
<br />
<ul>“A disputa durará enquanto os homens e as mulheres não se reconhecerem como semelhantes, isto é, enquanto se perpetuar a feminilidade como tal”, escrevia Beauvoir. Entendendo “feminilidade” como uma construção, a teorização de Beauvoir é levada a cabo a partir da dupla edificação deste conceito dentro do paradigma patriarcal – o “feminino” como essência e o “feminino” como código de regras comportamentais. Antecipando-se aos movimentos feministas, Beauvoir ditaria ainda aquela que viria a ser uma das pedras de toque teóricas para os estudos feministas de raiz anglo-americana: a apropriação da palavra “género”, para significar a
construção social de uma diferença orientada em função da biologia, por
oposição a “sexo”, que designaria somente a componente biológica. É a partir da
frase já célebre de “O Segundo Sexo”: “<i>On ne naît pas femme, on le devient</i>” (“Não nascemos mulheres, tornamo-nos mulheres”), que teóricas feministas como <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Joan_Wallach_Scott">Joan Scott</a>, nos anos 80, irão reflectir sobre o estabelecimento da diferença entre “sexo” e género (“diferença sexual socialmente construída”), desafiando e questionando a noção de que a biologia é determinante para os papéis atribuídos às mulheres e de que existe uma “essência feminina”. Assim, dentro de um quadro conceptual feminista, a questão proposta por Beauvoir é crucial, visto denunciar o carácter eminentemente artificial da categoria “mulher”: <b>um ser humano do sexo feminino “não nasce mulher”, antes “se torna
mulher”, através da aprendizagem e repetição de gestos, posturas e expressões
que lhe são transmitidos ao longo da vida.</b><br />
<a href="http://feministactual.wordpress.com/2008/01/09/simone-de-beauvoir-ninguem-nasce-mulher-torna-se-mulher/">Recortado de Blogue Feminista</a></ul>
<br />
<br />
Por outras palavras, <b>A identidade feminina é algo construído socialmente a partir de parâmetros culturais, inclusive relacionados com uma determinada ideia de sexualidade reduzida ao papel de reprodução,</b> que constitui a <b>socialização
do género</b>.<br />
<br />
<ul>Portanto, a mulher passa a existir a partir do outro, que é o homem, o que por si só enseja uma ideia de complemento. Se há algo certo na afirmação de Beauvoir de que ninguém nasce e sim torna-se mulher, decorre de que mulher é um termo em processo, um devir, um construir de que não se pode dizer com acerto que tenha uma origem ou um
fim. Como uma prática discursiva contínua, o termo está aberto a intervenções e
a significações (Butler, 2003:58/59).<br />
<a href="http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/708.pdf">http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/708.pdf</a></ul>
<br />
<br />
Entre a <b>comunidade cigana</b>, a avaliar pelas afirmações de um seu representante, as atribuições da mulher serão indiscutíveis:
<ul><li>"A cigana é preparada para o casamento. As ciganas aprendem a lavar, a coser, a passar a ferro, a fazer tudo. Ao contrário da sociedade maioritária em que a maioria delas nem sabem fritar um ovo. Até se vê mulheres a conduzir um automóvel e os maridos a conduzir carrinhos de bebé. As nossas são <b>100% femininas, 100% donas de casa</b>." <a href="http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=4198450">Diário de Notícias</a> </li></ul>
<br />
<br />
Podemos observar algumas <b>diferenças nas representações das identidades sociais</b> de homens e mulheres partindo da entrevista que Jorge Rio Cardoso concedeu a um programa da TV para domésticas e reformados, promovendo o seu livro <a href="http://www.guerraepaz.net/conteudo.aspx?caso=ecommerce&lang=pt&id_object=752&name=O-FIM-DA-GUERRA-DOS-SEXOS">O Fim da Guerra dos Sexos</a>. Eis as primeiras questões:<br />
<br />
Ela- Porque é que os homens são tão piegas quando estão
doentes?<br />
<br />
Ele-Porque é que as mulheres vão as pares para a casa de
banho?<br />
<br />
Ela- Porque é que os homens só pensam em sexo?<br />
<br />
Ele- Porque é que as mulheres são tão “sensíveis”?!<br />
<br />
Ela- Porque é que os homens se esquecem sempre das datas importantes?<br />
<br />
Ele- Porque é que as mulheres depois do casamento se desleixam?<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="243" src="http://www.youtube.com/embed/nut31H8BT88" width="420"></iframe>
NOTA: <b>Efeito <i>Coolidge</i></b> (07:40) pode ser identificado para algumas espécies em laboratório. A frequência sexual de um hamster macho declina rapidamente quando ele dispõe de apenas uma fêmea: torna-se lento, pouco receptivo, e entediado. Porém, <b>quando se introduz uma ou mais fêmeas, ele volta a apresentar um apetite reforçado</b> (O Fim da Guerra dos Sexos, p. 96). Aproveita-se esta nota para observar o perigo de utilizar fenómenos biológicos para explicar fenómenos sociais. Naturalmente que <b>esta transposição não seria aceite em Sociologia</b>, que deve limitar-se a estudar os fenómenos sociais. Recorda-se que estamos perante <b><a href="http://sociologiaemaccao.blogspot.pt/2011/08/representacoes-sociais.html">representações sociais</a></b>. <br />
A origem do termo encontra-se associada a <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Coolidge_effect">uma piada com o presidente americano Calvin Coolidge</a>.<br />
<br />
O tema da <b>infidelidade conjugal</b> não foi ainda, no nosso país, objecto de qualquer estudo de carácter científico. (...) Os resultados desta investigação confirmam, de uma maneira geral, a hipótese da <b>dominância simbólica do género masculino</b> já fundamentada em outros trabalhos.<br />
<a href="http://www.aps.pt/cms/docs_prv/docs/DPR492ed538a123f_1.pdf">Infidelidade Conjugal: Classe Social e Género</a>
<br />
<br />
Já referimos noutros momentos que as raparigas conseguem mais frequentemente obter
sucesso escolar. Observamos agora que <b>os ganhos médios mensais dos trabalhadores femininos persistem abaixo masculinos.</b>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-wqALk5UgwSU/T6WJP2Yso5I/AAAAAAAAF-w/ox90wTCRTZk/s1600/ganho-medio-mensal-HM.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-wqALk5UgwSU/T6WJP2Yso5I/AAAAAAAAF-w/ox90wTCRTZk/s400/ganho-medio-mensal-HM.jpg" height="261" width="400" /></a></div>
<a href="http://www.pordata.pt/Portugal/Ganho+medio+mensal+dos+trabalhadores+por+conta+de+outrem+total+e+por+sexo-375">Ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem por sexo</a>
<br />
<br />
Os países onde as mulheres têm um <b>estatuto de maior paridade</b>, também se observa um elevado desenvolvimento socioecónomico. É o caso da Suécia, Holanda, Dinamarca, Suiça e Finlândia, no topo do <i>ranking</i> do <a href="http://hdr.undp.org/en/media/HDR_2011_EN_Table4.pdf">Índice de
Iniquidade segundo o Género</a>, do PNUD.
<a href="http://hdr.undp.org/en/media/HDR_2011_EN_Table4.pdf">http://hdr.undp.org/en/media/HDR_2011_EN_Table4.pdf</a><br />
<br />
<b>As mulheres portuguesas estão melhor que o país(!),</b> pois Portugal têm uma melhor posição segundo este índice (19 em 2011) que pelo IDH (41 em 2011). Mesmo assim prevalece a associação das mulheres a certos sectores de actividade como <b>o ensino e a saúde</b>. Em determinadas situações da médica, e nos níveis mais baixos de ensino da professora, estes <b>sectores parecem pertencer “naturalmente” à
esfera feminina, porque os profissionais continuam a “cuidar” de alguém</b>.<br />
<br />
<ul><b>A realidade social tradicional associa a noção de “cuidar” a conotações de serviços femininos, de vocação e de ocupação “natural” das mulheres, retirando, de algum modo, o sentido de profissionalismo, competência e autoridade, características ditas masculinas.</b> A forma como os educadores de infância percepcionam a sua
profissão pode traduzir as imagens sociais circunscritas numa envolvência que
alguns autores denominam de “cultura do cuidar”(….)<br />
Assim, <b>a interpretação de “cuidar”, como gestos e carinhos implicando um contacto
corporal, levanta alguns problemas na competência destes profissionais. </b>Bento
(1994) enuncia esta questão caracterizando a <b>relação pedagógica</b> como demasiado emotiva para poder possuir um carácter profissional. Neste sentido, o autor defende que a ligação entre docentes e discentes não deve assentar em pressupostos de profunda afectividade, que prejudicará a lógica da profissionalidade, e afectará a “relação de parceiros”, que presume a existência de regras e obrigações sociais e
profissionais das duas partes.<br />
<a href="http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/174.pdf">http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/174.pdf</a></ul>
<br />
<hr />
A sociedade portuguesa moderna tornou-se <b>multicultural</b> em resultado da imigração relativamente recente, que se verificou em Portugal, <b>mais tarde que nos seus parceiros europeus. </b>Estes abriram as portas à imigração no post-II Guerra Mundial, para o trabalho de reconstrução da Europa, nos <b>gloriosos 30 anos dourados</b> - 1945-1973, não sei porque é que dizem 30 ;) -, até ao primeiro choque petrolífero.<br />
<br />
<ul>O processo de descolonização, que causou a primeira grande vaga de imigração das antigas colónias para a metrópole, começou em Portugal mais de uma década depois das outras nações europeias com passado imperial. Como a independência das colónias portuguesas em África não pode ser separada da queda do regime autoritário de Salazar/Caetano, o primeiro número significativo de imigrantes chegou no ponto de viragem da história do Portugal moderno, quando a sociedade começou a viver uma mudança fundamental no campo político, social e demográfico. Além disso, em 1974, a maioria dos Estados de acolhimento europeus tinham já deixado de aceitar mais imigração laboral devido ao declínio das suas economias.
<a href="http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1222354733U0bYE3jw9Tt31UC5.pdf">António Barreto</a></ul>
<br />
<ul>No século XX, até à década de 60, Portugal foi um país de índole predominantemente migratória, onde os fluxos migratórios registavam um
saldo claramente negativo. <br />
Com a revolução de 25 de Abril de 1974 e a independência dos actuais países africanos de língua portuguesa esta realidade alterou-se profundamente e, no início da década de 80, verificou-se um aumento exponencial e atípico do número de estrangeiros residentes em Portugal. Os anos 90 caracterizam-se pela consolidação e
crescimento da população estrangeira residente, com destaque para as
comunidades oriundas dos países africanos de expressão portuguesa e do Brasil. <br />
No início do século XXI, novos fluxos do leste europeu assumiram um súbito e inesperado destaque, em especial no caso da Ucrânia, país que rapidamente se tornou numa das comunidades estrangeiras mais representativas. Em síntese, a primeira década do presente século caracteriza-se por um crescimento sustentado da comunidade estrangeira residente no país. <br />
No final de 2010, a população estrangeira residente em Portugal totalizava 445.262 cidadãos, quantitativo que representa um decréscimo do stock da população residente de 1.97%, face ao ano precedente. Deste universo populacional, cerca de metade é oriundo de países de língua portuguesa (49,51%), destacando-se o Brasil
(26,81%), Cabo Verde (9,88%), Angola (5,28%) e Guiné-Bissau (4,45%). As demais
nacionalidades mais relevantes são a Ucrânia (11,12%) e a Roménia (8,27%).
<a href="http://sefstat.sef.pt/Docs/Rifa_2010.pdf">http://sefstat.sef.pt/Docs/Rifa_2010.pdf</a></ul>
<br />
<br />
Registe-se que a partir de 1995/97 o número de imigrantes terá ultrapassado o de emigrantes, transformando uma sociedade relativamente homogénea numa sociedade <b>multicultural</b>, onde em menos de 10 anos a população estrangeira chegou a 4% do total (<a href="http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1222354733U0bYE3jw9Tt31UC5.pdf">António Barreto</a>, p. 9).<br />
<br />
Quando duas ou mais culturas diferentes, entrando em contacto contínuo, originam mudanças importantes em uma delas ou em ambas, fenómeno conhecido por <b>aculturação</b>. O <b>etnocentrismo</b> explicará por que razão inicialmente terão acreditado que os muçulmanos um dia deixariam de o ser, abdicando da sua <b>etnicidade,</b> isto é, trocando os elementos constitutivos da sua cultura pelos da cultura local, como quem troca de casaco. Naturalmente que esta <b>assimilação</b> completa da cultura portuguesa falhou: <br />
<br />
<ul> Os primeiros conceitos respectivos apostaram na <b>assimilação</b> — um segundo cálculo errado, como sabemos hoje. As sociedades dominantes partiram do pressuposto de que as diferenças culturais desapareceriam gradualmente de geração para geração.
Uma vez que as abordagens académicas europeias na década de 1970 (em certos
casos até à década de 1980) haviam sido muito influenciadas pelas ideias
laicas, <b>o factor islâmico</b> importado não estimulava muito interesse. Muitos académicos calculavam que os muçulmanos iriam viver a sua fé num nicho fora da vista pública (Nielsen, 1992) ou perdê-la (Kettani, 1996). Mas isto não aconteceu (...)
<a href="http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1222354733U0bYE3jw9Tt31UC5.pdf">Novidades no terreno: muçulmanos na Europa e o caso português</a></ul>
<br />
<br />
Retomando o texto noutro ponto podemos conferir que a <b>integração</b> da comunidade muçulmana na sociedade portuguesa decorreu tranquilamente:<br />
<br />
<ul>Um dos factores que, de uma maneira positiva, criaram/providenciaram o <i>silêncio</i> (em contraste com a <i>polémica</i>) foi o potencial, a capacidade notável, que a classe média muçulmana em Portugal mostrou nos processos de integração. <b>Esta elite de primeiros imigrantes possuía as capacidades intelectuais e sociais, bem como as relações diplomáticas, necessárias à construção de uma
infra-estrutura religiosa e cultural</b>. Desde o início, os primeiros a
chegarem tomaram parte nas comissões dirigentes da comunidade islâmica,
enquanto, ao mesmo tempo, se integravam com êxito em profissões de alto nível e
faziam amigos íntimos entre a elite política portuguesa (<i>ibidem</i>).</ul>
<br />
<br />
<br />
<ol>
<li><b>Refere</b> algumas representações das identidades sociais que nos
permitem distinguir os géneros.</li>
<li><b>Explica</b> porque é que o efeito <i>Coolidge </i>não pode ser transposto parra a sociedade humana. </li>
<li><b>Relaciona</b> o desenvolvimento económico e a globalização com os fenómenos migratórios.</li>
<li><b>Refere</b> problemas de integração dos migrantes (culturais e sociais)</li>
</ol>
<b>Recursos</b>
<br />
<br />
<a href="http://www.publico.pt/mundo/noticia/bebes-que-nascam-a-partir-de-hoje-na-alemanha-podem-registarse-com-sexo-indefinido-1611025">Bebés que nasçam a partir de hoje na Alemanha podem ser registados com “sexo indefinido”</a>
<br />
<br />
<a href="http://hdr.undp.org/en/media/HDR_2011_EN_Table4.pdf">Índice de
Iniquidade segundo o Género</a>, do PNUD
<br />
<br />
<a href="http://youtu.be/j85fGU3PeeY">Equidade de Género, vídeo da OCDE</a>
<br />
<br />
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=p8uOErVShiE">Se as mulheres cantassem os homens</a>
<br />
<br />
<a href="https://sites.google.com/site/sociologiaemaccao/3-socializacao-e-cultura/representacoes/mulher">Recursos no Arquivo: Representações da Mulher</a>José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-76716765612947904422012-05-04T19:01:00.000+01:002015-09-23T19:57:28.806+01:00Escola<ul> A <b>educação</b> é a
acção exercida pelas gerações adultas sobre as que ainda não se encontram
amadurecidas para a vida social. Ela tem por objectivo suscitar e desenvolver
na criança um certo número de condições físicas, intelectuais e morais que dela
reclamam, seja a sociedade política, no seu conjunto, seja o meio especial a
que ela se destina particularmente (Durkheim, 2001, p. 13).
<br>
Cada profissão, com efeito, constitui um meio <i>sui generis</i> que requer aptidões
particulares e conhecimentos específicos, nos quais imperem certas ideias, determinados
usos, diferentes maneiras de encarar as coisas; e uma vez que a criança deve ser
preparada com vista à função que será chamada a preencher, <b>a educação, a partir de certa idade, não pode continuar a ser a mesma
para todos os sujeitos a que é aplicada</b>. É por isso que, em todos os países
civilizados, nós verificamos que ela tende progressivamente a diversificar-se e
a especializar-se; e essa especialização cada dia se torna mais precoce. A
heterogeneidade que desta forma se produz, não se fundamenta em desigualdades
iníquas, mas a desigualdade nem por isso é menor (Durkheim, 2001, p. 11).</ul>
<br><br>
Encontra-se subjacente a toda a política educativa o “<b>princípio da igualdade de oportunidades</b>”:
<ul>A finalidade essencial do processo educativo é o desenvolvimento e a formação global de todos, em condições de igualdade de oportunidades, no respeito pela diferença e autonomia de cada um.
<a href="http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1218650678S9rNN2al1Cx82TV2.pdf">Escola e exclusão social: das promessas às incertezas</a></ul><br>
Mas quando passamos aos alunos concretos o Ministério da Educação reconhece problemas, designadamente:
<ul>[...] jovens em que foram detectadas características comportamentais e de aprendizagem muito problemáticas e que correm o risco de abandono da escolaridade obrigatória por várias razões (familiares, económicas, psicológicas — falta de motivação pessoal, etc.).
<a href="http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1218650678S9rNN2al1Cx82TV2.pdf">ibidem</a></ul><br>
<br>
<b>A educação dos nossos filhos não deveria depender das circunstâncias</b> ocasionais que os obrigam a nascer aqui ou além, destes pais em vez daqueles. Se a carreira de cada criança, deixasse de ser, em grande parte, predeterminada por uma
hereditariedade cega, o discurso não soaria tão vazio quando se fala em
valorizar o mérito. Não iremos desenvolver este tópico porque já se abordou a <a href="http://sociologiaemaccao.blogspot.pt/2012/04/reproducao-e-mudanca-social.html"><b>reprodução social</b> num <i>post</i> específico</a>.
<br><br>
O mérito escolar é frequentemente avaliado. Cada aluno tem geralmente dois testes escritos por disciplina em cada período lectivo, o que marca a importância da <b>educação formal.</b> Mas não aprende apenas conteúdos disciplinares, também lhe inculcam regras de bom comportamento, a necessidade de respeitar outros, trabalhar em equipa, cumprir prazos, ser assíduo e pontual. Estes aspectos são o objecto da <b>socialização informal</b>.
<br><br>
De 1835 a 2009 a <a href="http://www.sg.min-edu.pt/pt/patrimonio-educativo/museu-virtual/exposicoes/escolaridade-obrigatoria/resenha-de-legislacao/">escolaridade obrigatória em Portugal</a> passou da instrução primária ao 12º ano, nos termos da lei, mas o acesso efectivo à instrução é uma realidade diferente.
<br><br>
<b>Dos anos 1920 a 1950, o saber mais valorizado foi o saber das humanidades e das línguas clássicas.</b> Nele não havia qualquer tipo de valor comercial ou industrial. Representava o saber na sua <b>pureza original</b>. Ou, por outras palavras, representava o prazer consagrado por um indivíduo singular para o produzir, ou para o divulgar, junto dos seus apreciadores – os cultores desinteressados. (...) Este conhecimento detinha um valor tão grande, que tinha conseguido resistir ao tempo, mantendo-se na crista da onda da civilização,mesmo quando desafiado pelo saber moderno ou saber técnico. (...) Este saber perdeu alguma importância (apesar de humanidades continuar presente no cardápio escolar) com o tempo, tendo sido <b>substituído por um saber mais operativo</b>, mais utilitário, quer da tecnologia, quer da comunicação oral e escrita (Resende, 2003, p. 1043).
<br><br>
Não devemos simplesmente imaginar qualquer decadência de então para cá, pois além da “pureza original” do ensino, que seria mais adequadamente referida como <b>motivação
intelectual</b> (Barrère), certamente que hoje se verifica uma maior procura da
escola com <b>motivação instrumental</b> (Barrère), pois os estudantes têm consciência de que o seu nível de rendimento se encontra correlacionado com a escolaridade:<br>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-FrNffgPHX8k/T6QdqFEWc-I/AAAAAAAAF9Y/jAzkcTJPoak/s1600/remuneracao-media-mensal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="300" width="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-FrNffgPHX8k/T6QdqFEWc-I/AAAAAAAAF9Y/jAzkcTJPoak/s400/remuneracao-media-mensal.jpg" /></a></div>
Assim, na perspectiva do rendimento futuro, vão suportando alguns sabores amargos como descreveu Perrenoud em “<b>ofício de aluno</b>”. Mas já em 1936 Malpique descrevia os estudantes do mesmo modo:
<ul>
A nota é uma coisa que os mestres dão e os alunos recebem,trementes, porque dela depende a sua vida escolar. E daí o ardor da conquista à nota, em que o aluno emprega todas as boas e malas-artes. <b>O aluno não procura saber</b>, saber de verdade; procura “apanhar” ou “tirar” (termos significativos) boas notas, ou pelo menos a tangente que lhe permita sair ileso da refrega. (...)<br>
O papel do professor não é dar notas nesse livrinho sebáceo. O seu papel é muito outro; criar o gosto, <b>um irresistível gosto, pelas coisas do espírito, que o resto irá por si.</b> Junto dos seus alunos será sempre um camarada mais velho, risonho, espevitador de ideias e nunca um catedrático ridiculamente inacessível, receando, no fundo, que lhe descortinem o caruncho. (...)<br>
No dia em que a nota deixar de ser a obcecação do professor e der lugar a outra obcecação mais generosa, a de bem servir a inteligência do aluno, despertando nele a ardente sede de conhecer, fazendo-o vibrar na contemplação dum grande espectáculo da natureza, duma grande obra de arte científica, duma grande obra literária, duma obra social, - nesse dia, será o próprio aluno a tomar a nota por coisa secundária, porque ideais mais elevados lhe encherão a vida. <br>
Enquanto, porém, tudo continuar como dantes, o ensino livresco e rançosamente memorialista, num campeonato do verbalismo hediondo, onde as palavras não são o rótulo duma experiência palpitantemente vivida, sempre a nota será exclusiva preocupação do aluno e dos papás do aluno, que, regra geral, <b>não curam de saber se o ensino é perfeito, mas se o professor é benevolente</b>. A passagem do filho, eis a questão, e daí a solicitude criminosa com que pretendem subornar o professor (Malpique, 1936, in Resende, 2003, p. 426).</ul><br>
Não se pode generalizar o que atrás se disse a todos os estudantes e pais, uma vez que muitos terão um interesse genuíno na educação. O mesmo sucede com as representações contraditórias do <b>trabalho dos docentes</b>. Resende cita Oliveira que já em 1930 refere professores que se sacrificam pelo ensino em contraste com os mercenários do ensino:
<ul>
Na numerosa classe do professorado, de todo o professorado português, há os que se <b>devotam à profissão, vivendo para ela, sacrificando-se por ela, trabalhando muitas vezes numa obscuridade ingrata</b>, tendo como recompensa quase única a satisfação da
sua consciência – os que logram mercê do seu talento e brilhantes qualidades
docentes, ver coroado de grande êxito o seu labor; os que mais modestos, nem
por isso deixam de pôr todo o seu esforço no cumprimento da sua missão, e que
moralmente não valem menos do que os seus colegas mais distintos. Mas há também
os <b>mercenários do ensino</b>, aqueles que se poupam ao trabalho como algum merceeiro que roube no peso, os que à escola apenas dão a sua presença, o vulto do seu corpo, para evitarem descontos no ordenado, mas lhe negam a sua alma, o seu amor, a sua dedicação (Oliveira, 1930, in Resende, 2003, p. 426). </ul><br><br>
Dada a pluralidade de formas de estar na docência, não haverá propriamente um método pedagógico, mas retoma-se Malpique (1940) para identificar o <b>método socrático e o
motivo da indisciplina:</b>
<ul> O grande método, porém, no ensino médio, e natural complemento do expositivo, é a maiêutica, arte de partejar os espíritos, praticada por Sócrates no seu ensino deambulado ou peripatético. Sócrates possui, como ninguém, a <b>arte de interrogar</b>. Dentro das possibilidades intelectuais do interrogando, sabia
ele encaminhar de modo tão hábil o interrogatório, que conseguia obter
respostas com que o próprio interrogado ficava surpreendido, mal suspeitando
dos recursos latentes que em si possuía. Quase conseguia o milagre de do nada
tirar alguma coisa. (...)<br>
<b>Quem observa, experimenta, reflecte e raciocina é o aluno</b>, espevitado pelo professor. O educando é uma curiosidade permanentemente despertada pelo mestre, e aquele em vez de ser reduzido ao papel de simples e passivo alimentado com substância
mastigada por outrem, ele próprio procura com apetite os alimentos que há-de
alimentar. (...)<br>
<b>Não interroga quem quer, mas quem sabe, e ensina bem quem souber interrogar bem. Uma aula dada por um mestre com o dom de interrogar é alfobre criador</b>. A crepitação das perguntas lançadas impessoalmente sobre toda a turma, obrigando todos os alunos a pensar nas respectivas respostas – respostas que, afinal, virão a ser dadas por alunos especialmente indicados pelo mestre – essa crepitação, dizíamos,
afasta dos alunos toda a ideia de indisciplina, - <b>indisciplina que só aparece quando a aula é puro artifício</b> (Malpique, 1940, in Resende, 2003, p. 427).</ul><br>
A escolarização é frequentemente referida como uma das conquistas do 25/ABR/74.<br>
<ul> <b>A universalização do direito à educação constitui um das concretizações mais significativas resultantes da modernização das sociedades, sendo hoje a liberdade para aprender, enquanto expressão do desejo de elevação pessoal, vista como um elemento fundamental na concretização dos direitos cívicos e políticos</b>. Os benefícios globais para as sociedades e os indivíduos que com ele foi possível obter estão hoje, apesar das resistências à sua implementação ao longo quase dois séculos, socialmente interiorizados e a escolaridade constitui um elemento integrante do quotidiano e cada vez mais do futuro dos indivíduos.<br>
A profunda transformação da estrutura de qualificações da sociedade portuguesa, iniciada há cerca de 35 anos e claramente acelerada nas duas últimas décadas, trouxe para o debate público expressões como <b>democratização, massificação,
desqualificação</b> dos diplomas ou liberdade de educação. A novidade da quase
universalização da escolaridade básica, já concretizada há décadas no resto da
Europa, tem dado origem a uma vaga de críticas ao sistema educativo,
genericamente centradas na ideia de uma profunda degradação do ensino público e
no decréscimo “evidente” das capacidades e competências dos alunos alvos da
formação. <b>É interessante, e em parte paradoxal, que no momento em que após um
penoso caminho de cerca de dois séculos finalmente se atinge um dos objectivos
políticos mais vezes reiterados, o da universalização do ensino básico, se
questione declaradamente essa realização</b>.<br>
<a href="http://www.ese.ipsantarem.pt/projectos/artigos_fct/A%20democratiza%C3%A7%C3%A3o%20do%20ensino%20em%20portugal.pdf">A democratização do ensino em Portugal</a></ul><br><br>
<ul>A escolaridade universalizou-se. O analfabetismo juvenil terminou, sobrando apenas alguns analfabetos adultos e idosos. <b>Dos quase 40 por cento de analfabetos de 1960, passou-se para uma taxa próxima dos 8 por cento.</b> A expansão do sistema escolar atingiu grandes proporções, tendo chegado pela primeira vez da história a todo o território e a toda a população (<a href="http://www.ics.ul.pt/publicacoes/workingpapers/wp2002/WP6-2002.pdf">António Barreto</a>).</ul><br><br>
Observe-se que <b>o ensino secundário até ao 25 de Abril era residual</b> (38.898 estudantes em 1974), tendo então disparado até atingir o ponto máximo em 1996 (416.309 estudantes).
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-U_1ppquTNiw/T6Qlvx56gKI/AAAAAAAAF9s/fzHW1QkbFek/s1600/alunos-matriculados-no-ensino-secundario.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="300" width="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-U_1ppquTNiw/T6Qlvx56gKI/AAAAAAAAF9s/fzHW1QkbFek/s400/alunos-matriculados-no-ensino-secundario.jpg" /></a></div>
Para responder a este crescimento explosivo da procura <b>alargaram-se a um ritmo particularmente acelerado as vagas nos quadros de professores</b> do 3º Ciclo e do Ensino Secundário, movimento que foi acompanhado pela <b>feminização</b> do ensino..
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-z3nQf3oi7fQ/T6QmIdAmKyI/AAAAAAAAF94/PzFtZHf4I6Y/s1600/massificacao-docentes-3ciclo-secundario.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="300" width="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-z3nQf3oi7fQ/T6QmIdAmKyI/AAAAAAAAF94/PzFtZHf4I6Y/s400/massificacao-docentes-3ciclo-secundario.jpg" /></a></div>
Além de Portugal, só prolongaram <b>a escolaridade obrigatória até aos 18 anos</b> a Hungria e a Holanda. (<a href="http://eacea.ec.europa.eu/education/eurydice/documents/compulsory_education/106_compulsory_education_EN.pdf">Conferir documento no Eurydice</a>)<br><br>
Porém, <b>observando a proporção da população no grupo etário dos 20-24 anos que não completou o ensino secundário, verificamos que nos encontramos na cauda da Europa.</b>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-zLKuYya_u4E/T6QnsFeFHTI/AAAAAAAAF-E/KeZDcEStc4k/s1600/proporcao-populacao-20-24-c.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="247" width="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-zLKuYya_u4E/T6QnsFeFHTI/AAAAAAAAF-E/KeZDcEStc4k/s400/proporcao-populacao-20-24-c.jpg" /></a></div>
As comparações internacionais colocam-nos sistematicamente na cauda da OCDE, tanto ao nível da leitura como da matemática.
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-th7YXhjDrR8/T6RGrF5aj-I/AAAAAAAAF-Y/VT8J8HOZctw/s1600/pisa2009-leitura-matematica.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="222" width="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-th7YXhjDrR8/T6RGrF5aj-I/AAAAAAAAF-Y/VT8J8HOZctw/s400/pisa2009-leitura-matematica.jpg" /></a></div>
<a href="http://dx.doi.org/10.1787/888932506476">http://dx.doi.org/10.1787/888932506476</a><br><br>
Se for incluída a população com idade mais avançada, os indicadores de <b>literacia</b> dos portugueses pioram bastante. Comparando Portugal com a Suécia, <a href="https://sites.google.com/site/sociologiaemaccao/7-familia-e-escola/iletracia">Sandra Fisher-Martins explica que “vivemos num <i>apartheid</i> da
informação” (03:11)</a>, mostrando de forma divertida as consequências
trágicas de não se perceberem os documentos públicos para o desenvolvimento
social.
<br><br>
Os alunos que actualmente frequentam o ensino secundário já tiveram aulas de <b>TIC</b>, além do conhecimento que terão adquirido com a família e os amigos. Espera-os um ensino universitário onde é suposto dominar esta <b>nova linguagem</b>. <br><br>
Segundo uma <a href="http://justinmenard.visibli.com/share/DCCcl9">infografia do Mashable Tech</a> <b>os estudantes universitários de hoje têm mais conhecimento sobre tecnologia do que nunca</b>. Mais de 90% utilizam e-mail para comunicar com os professores e 73% dizem que não podem estudar sem tecnologia. Sete em cada 10 tomam notas em teclados, em vez de papel. <b>Curiosamente</b>, os que vivem em comunidades de estudantes não confiam tanto nas ferramentas digitais; os estudantes dos primeiros anos e os mais novos têm ligações à Internet mais rápidas; os estudantes universitários desligam-se da tecnologia quando estudam para os exames finais na biblioteca. <b>Este último aspecto evidencia bem o desajustamento dos métodos de ensino ao quotidiano dos estudantes.</b><br><br>
Para aqueles que não entendem o que lêem a <b>sociedade da informação</b> não passará de uma miragem. Perrenoud defende que compete à escola dotar as crianças dos <b>recursos intelectuais clássicos</b>, aqueles que “fazem a diferença” em numerosas tarefas escolares: a lógica natural, a escrita e a leitura, acrescentando a capacidade para descodificar mensagens audiovisuais. Sem este domínio, <a href="http://www.prof2000.pt/users/neto98/stc/stc5-ciberdemocratizacao-ntic.pdf">“Quando vos disserem NTIC, pensem NTIC: Novos Tipos de Inequidades Culturais!”</a>, conclui.<br><br>
Num post com 1000 palavras, pretende-se que tenha em consideração os seguintes objectivos:<br><br>
- Caracterizar as funções da escola (socialização formal / socialização informal)<br>
- Explicitar em que consistiu a massificação da escola<br>
- Relacionar a escola com a reprodução das desigualdades sociais<br>
- Contextualizar a expansão da escolaridade obrigatória em Portugal<br>
- Referir as novas funções da escola na sociedade do conhecimento (Educação ao longo da vida)<br>
- Referência crítica a alguns pontos desenvolvidos no post<br>
<br />
<b>Recursos</b><br>
<br>
- <a href="http://www.prof2000.pt/users/neto98/stc/stc5-ciberdemocratizacao-ntic.pdf">Ciberdemocratização - As inequidades reais resultantes do Mundo virtual da Internet</a>
<br>
<br />
- <a href="http://www.gepe.min-edu.pt/np4/460.html">Estereótipos Tradicionais Permanecem o Desafio Principal para a Igualdade de Género na Educação</a>
<br>
<br />
- <a href="http://www.ionline.pt/portugal/filomena-monica-os-meus-colegas-achavam-normal-ir-cama-alunas ">A endogamia ainda é um problema, nas nossas universidades?</a><br>
<br />
- <a href="http://eacea.ec.europa.eu/education/eurydice/documents/key_data_series/134EN.pdf">Key Data on Education in Europe, 2012</a>
<br>
<br />
- <a href="http://www.oecd.org/site/0,3407,en_21571361_34374092_1_1_1_1_1,00.html">OECD Factbook 2011-2012</a>
<br>
<br />
- <a href="http://area.dgidc.min-edu.pt/inovbasic/rec/livro-verde/capitulo4.htm">A Escola Informada: aprender na Sociedade da Informação (Capítulo 4 do Livro Verde)</a>
<br>
<br />
- <a href="http://expresso.sapo.pt/sequesso=f260162">Os alunos portugueses conseguem tirar cursos superiores sem saber escrever</a>
<br>
<br />
<a href="http://youtu.be/8ioYJmGpZVQ">Investir na qualificação para aumentar o emprego e o crescimento - OCDE</a>
<br>
<br />
- <a href="http://justinmenard.visibli.com/share/DCCcl9">Infografia do Mashable Tech: Como a tecnologia está a mudar o ensino superior</a>
<br>
<br />
- <a href="http://www.aps.pt/cms/docs_prv/docs/DPR46152404ad65d_1.pdf">A escola e as questões do género:</a> Com a preocupação recorrente e meritória dos sucessivos governos em promover a generalização do acesso à escola às classes que tradicionalmente lhe fugiam, em contrariar o abandono escolar precoce dos alunos provenientes de famílias socialmente menos favorecidas (...) constata-se uma inesperada reviravolta. As raparigas entram em força (e com sucesso) em todos os patamares académicos. (Ana Nunes Almeida)
<br>
<br />
- <a href="http://www.thedailyriff.com/articles/21-things-that-will-become-obsolete-in-education-by-2020-474.php">21 Things That Will Become Obsolete in Education by 2020</a>
<br>
<br />
- <a href="http://visao.sapo.pt/e-se-em-vez-de-ir-a-escola-o-seu-filho-estudar-em-casa=f667878">E se, em vez de ir à escola, o seu filho estudar em casa?</a>
<br>
<br />
- <a href="http://twitpic.com/b22cbw">Escola Google sem computadores</a>
<br>
<br />
- <a href="https://docs.google.com/file/d/0B02HdCdJJWPKczlUM1BCN1ZHM1E/edit">Ensino vocacional: Selecção aos 13 anos</a>
<br>
<br />
- <a href="https://docs.google.com/document/d/1XoExJhmvuPSEVtKO1ij9eubd96ceRfl2VIS8voZI8KY/edit?usp=sharing">Representações do Sucesso Escolar das Raparigas</a>
<br>
<br />
- <a href="http://www.scientificamerican.com/article/how-nations-fare-in-phds-by-sex-interactive/">O Triunfo das Mulheres no Ensino Superior</a>
<br>
<br />
- <a href="https://docs.google.com/presentation/d/1DMvFzkCMszTaie6IbP8pEYle4fIQ7wzdL0aBVZ0ODUw/edit?usp=sharing">BULLYING</a>
<br>
<br />
- <a href="http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1218710737X7rOC4zb9Ad59XB3.pdf">O lugar do trabalho escolar — entre o trabalho e o lazer?</a>
<br>
<br />
- <a href="https://docs.google.com/presentation/d/1w-dipLWv1pedUsF7XNfeDKAPSsnN3lhOQdz2ImDmbXI/edit?usp=sharing">Esquema - Escola</a>
<br>
<br />
- <a href="https://sites.google.com/site/sociologiaemaccao/7-familia-e-escola">Mais recursos no Arquivo</a>José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-64420268639948894742012-05-02T01:37:00.000+01:002012-05-10T01:17:43.385+01:00O Fim da História! Os novos movimentos sociais<b>Em 1989 caiu o Muro de Berlim. Em 1991 dissolveu-se a ex-União Soviética.</b> Estes acontecimentos são geralmente os marcos do fim da <b>Guerra Fria</b>, tempo de luta aberta entre duas super-potências (EUA e URSS), representando regimes económicos antagónicos (capitalismo e socialismo) e sistemas políticos opostos (democracia representativa pluripartidária versus ditadura do proletariado). <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-o0kAeFZpqKc/T6CCeNg5ddI/AAAAAAAAF8k/NS-5qUTXp2s/s1600/1000px-Cold_War_Map_1980.svg.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="203" src="http://4.bp.blogspot.com/-o0kAeFZpqKc/T6CCeNg5ddI/AAAAAAAAF8k/NS-5qUTXp2s/s400/1000px-Cold_War_Map_1980.svg.png" width="400" /></a></div>
Fonte: <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cold_War_Map_1980.svg">http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cold_War_Map_1980.svg</a>
O Mundo era fácil de entender nesta perspectiva dualista de duas super-potências que repartiam entre si o Mundo em esferas de influência para evitarem o confronto directo que significaria o fim da Humanidade, pois qualquer delas dispunha de arsenal nuclear suficiente para destruir o Planeta várias vezes, num equilíbrio de terror que evitou que se passasse à guerra a quente.<br />
<br />
<b>Francis Fukuyama</b> defende que com a queda do comunismo, a história chegou ao fim, na medida em que não podemos antever nenhuma forma de sociedade que possa suplantar o capitalismo ocidental (Giddens, 2001, p. 703). <br />
<br />
<b>Karl Marx</b> estava certo quando afirmou que “Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem...”, pois contrariamente às suas previsões não surgiram por todo o Mundo "ditaduras do proletariado constituindo-se na transição para atingir uma sociedade sem classes". Os ideais comunistas são muito estimáveis, e fazem-nos sonhar com justiça: "De cada um, de acordo com suas habilidades, a cada um, de acordo com suas necessidades". Porém, as concretizações históricas destes ideais deixaram as populações muito aquém do esperado, e quando com o desenvolvimento das comunicações podiam observar nas TV’s o maior bem-estar das sociedades capitalistas, não haviam dúvidas, “Os trabalhadores não tinham nada a perder com a revolução capitalista ("comunista" no texto de Marx), a não ser suas correntes”. <br />
<a href="http://pt.wikiquote.org/wiki/Karl_Marx">http://pt.wikiquote.org/wiki/Karl_Marx</a> <br />
<br />
<ul>Tal como explicou <b>Alain Touraine</b>, a noção de <b>movimento social</b> implica o objectivo de transformação das relações sociais de dominação, e não apenas a modificação do sistema de decisão (caso em que se deve apenas falar de lutas) ou tão-só a sua rectificação (caso da ocorrência de simples comportamentos colectivos).<br />
<a href="http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223033906X7gHS1au8Ge79RR9.pdf">Manuel Braga da Cruz</a></ul> <br />
<br />
Perdida a referência à luta de classes na perspectiva marxista, as lutas dos novos movimentos sociais desenvolvem-se em áreas diversificadas: ecologistas, feministas, defensores dos direitos humanos, etc. <br />
<br />
Giddens define movimentos sociais como uma tentativa colectiva para promover o interesse comum ou alcançar um objectivo comum, através da acção colectiva fora da esfera das instituições estabelecidas (2001, p. 606) e apresenta a classificação de movimentos sociais de <b>David Aberle</b>: <br />
<br />
- <b>movimentos de transformação</b> visam mudanças de grande alcance, cataclísmicas e muitas vezes violentas das sociedades. Exemplos: movimentos revolucionários ou alguns movimentos religiosos radicais; <br />
<br />
- <b>movimentos reformadores</b> aspiram alterar algumas das características da ordem social existente. Exemplo: grupos anti-aborto; <br />
<br />
- <b>movimentos redentores</b> procuram salvar as pessoas de estilos de vida tidos por corruptos. Exemplo: seitas Pentecostais (protestantes); <br />
<br />
- <b>movimentos de alteração</b> procuram promover uma mudança parcial nos indivíduos. Exemplo: Alcoólicos Anónimos. <br />
<br />
Os novos movimentos sociais podem ser responsáveis pela realização de acções de contestação à escala global, simultaneamente em vários países (locais) do Mundo, aquilo a que podemos chamar eventos glocais: <br />
<br />
Segundo <a href="http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/362.pdf">Inês Pereira</a>, MayDay MayDay em toda a parte, De olhos postos em Lisboa – Cimeira Alternativa Europa-Africa e Viajando para a Euopa – o Forum Social Europeu de Atenas, foram os primeiros eventos glocais realizados em Lisboa.<br />
<br />
<ul>Segundo <b>Claus Offe</b>, <b>os novos movimentos sociais «partem do facto de que não podem resolver-se, numa perspectiva prometedora e coerente, os conflitos e as contradições da sociedade industrial</b> avançada por meio do estatismo, a regulação política». Eles pretendem, ao contrário, reconstituir «uma sociedade civil que já não depende de uma regulação, controle e intervenção cada vez maiores. Para poder emancipar-se do Estado há que politizar-se a mesma sociedade civil». <b>Tais movimentos «politizam questões que não podem ser facilmente «codificadas» com o código binário do universo de acção social que subjaz à teoria política liberal».</b> Na relação privado-público procuram encontrar uma «terceira categoria intermédia».
Necessário será ter presente que «o campo de acção dos novos movimentos sociais é um espaço de política não institucional cuja existência não está prevista nas doutrinas nem na prática da democracia liberal e do Estado de bem-estar». Nestas zonas intersticiais tendem a ser desencadeados movimentos fortemente politizados de acção que, por vezes, se querem não políticos. <b>A emergência, em diversos domínios da sociedade, de novos movimentos sociais tem, por isso, a ver com a crise do Estado-providência, ou Estado social, e com o facto de o movimento operário ter deixado de ser o principal actor colectivo com expressão política.</b><br />
<div style="text-align: center;">(...)</div>
<br />
<b>Os conflitos têm-se transferido progressivamente para o campo da cultura</b>, porque domínio próprio das identidades e do direito à diferença. Está a ocorrer, de facto, nas sociedades ocidentais uma mudança profunda derivada do processo de pós-industrialização em curso, dando origem a outros sistemas de valores estruturantes das consciências e das identidades dos indivíduos e dos grupos. A era dos movimentos laborais parece ter chegado ao seu fim. Os movimentos sociais actuais, criados sobretudo a partir da década de 60, são novos, antes de mais, porque abandonaram os processos operários na sua luta pela mudança da sociedade. Traduzem a passagem da sociedade industrial à sociedade pós-industrial e a passagem das lutas laborais às lutas sociais e culturais. Deixaram, por outro lado, de ser movimentos de uma classe para se tornarem movimentos de classes. Sendo isso verdade, os novos movimentos sociais são essencialmente lutas pela afirmação da identidade ou da qualidade de vida. A transferência do foco conflitual da esfera laborai para a área da cultura, da gestão da sociedade para a sua produção, do controle do presente para a orientação da sua acção histórica, lugares onde se constituem os principais núcleos de antagonismo, origina ou potência, na verdade, novas modalidades de movimentos sociais. Esta conflitualidade tende a despoletar-se e a desenvolver-se com a descontinuidade dos tempos e dos ritmos de mudança nas diversas instituições sociais. A mudança é hoje mais acelerada nas instituições produtoras de conhecimento e detentoras do poder político. Nas zonas intersticiais criadas pela desigualdade de tempos e de ritmos de mudança abrem-se normalmente crises que exigem, em consequência, contínuos reajustamentos. Assiste-se, de facto, actualmente ao ruir de algumas estruturas e ao esboçar de novos sistemas com diferentes regras de jogo, e todo este movimento põe em acção um processo de desestruturação e de reestruturação da sociedade.<br />
<a href="http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223292608S8kUR1qx0Wa77QV4.pdf">Conflitualidade e movimentos sociais</a></ul><br />
<br />
<b>Os movimentos sociais têm um duplo interesse para a Sociologia.</b> Fornecem matéria para estudos, mas mais do que isso, podem ajudar os sociólogos a determinar as áreas a analisar. Giddens explica que o movimento das mulheres contribuiu para a identificação fraquezas no pensamento sociológico e para o desenvolvimento de conceitos que ajudaram a entender as questões do género e do poder.<br />
<br />
1. <b>Explique</b> porque será tão difuso o conceito de movimentos sociais.<br />
<br />
2. <b>Apresente</b> novos exemplos de movimentos sociais, integrando-os na classificação de Aberle. <br />
<br />
3. <b>Explicite</b> o papel dos novos movimentos sociais na mudança social (designadamente de estilos de vida).<br />
<br />
4. <b>Comente</b> a eficácia da acção dos novos movimentos sociais na área do Ambiente.
<br />
<br />
<b>Recursos</b>
<br />
<br />
<a href="http://www.youtube.com/embed/4CYqw4s6XF8?rel=0">Imagens da degradação dos políticos</a>
<br />
<br />
<a href="http://www.slideshare.net/ciberesfera/a-emergncia-dos-weblogs-enquanto-novos-actores-sociais">A emergência dos weblogs enquanto novos actores sociais</a>
<br />
<br />
<a href="http://www.movimento12m.org/">Movimento 12 de Março</a> - Nasceu das manifestações da "geração enrascada"
<br />
<br />
<a href="http://www.alternativaportugal.org">www.alternativaportugal.org</a> - Princípio 5. A Alternativa Portugal não tem dúvidas ao considerar que o actual sistema partidocrático apresenta gravíssimas limitações e contradições e que por isso não serve os interesses do povo português.
A Alternativa Portugal actuará em defesa da sociedade civil face ao monopólio dos partidos e dos seus meios de controlo da opinião pública — sistema eleitoral, meios de comunicação social, predomínio das elites dos partidos políticos, exclusividade da representação política dos partidos nos principais órgãos de decisão e alternância no poder, meios de financiamento partidário, subvenções públicas e distribuição de cargos públicos —, incentivando o aparecimento de novas formas de representação e intervenção política. (...)
<br />
<br />
<a href="http://www.quercus.pt/">www.quercus.pt</a> - Associação Nacional de Conservação da Natureza
<br />
<br />
<a href="http://pt.scribd.com/doc/51635225/41024-Paulo-Bernardo-e-Sousa">Elites e Movimentos Sociais - Apresentação no SCRIBD</a>José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-62061596854308825682012-04-15T04:38:00.001+01:002012-08-16T03:46:17.103+01:00Moralidade e Valores Sociais na perspectiva de Émile DurkheimInterrogarmo-nos sobre quais os elementos da moralidade não significa elaborar uma lista completa de todas as suas virtudes, nem sequer das mais importantes; significa procurarmos as disposições fundamentais, os estados de espírito que constituem a raiz da vida moral. (...) Os moralistas partem do princípio que cada um de nós trás tudo o que à moral é essencial. (...) Tudo quanto o moralista pode afirmar, após se haver interrogado, é a maneira segundo a qual ele concebe a moral, é a ideia que dela faz pessoalmente. Mas, por que motivo, a ideia que ele faz dela seria mais objectiva do que a ideia objectiva que o vulgo tem acerca do calor, da luz ou da electricidade? Admitamos que a moral reside integralmente imanente em cada consciência. Falta ainda descobri-la. Falta ainda descobrir, dentre todas as ideias que em nós se encerram, quais as que são de competência moral e quais as que não o são (Durkheim, 2001. p. 94-95).<br><br>
Há uma característica comum a todas as acções que vulgarmente denominamos morais: é agirmos de conformidade com regras preestabelecidas. <b>Comportarmo-nos moralmente, é agirmos em determinado caso, antes mesmo de termos sido solicitados a tomar uma resolução.</b> O domínio da moral é domínio do dever, e o dever é uma acção prescrita (Durkheim, 2001, p. 96).<br><br>
As sensações, as apetências físicas, limitam-se a exprimir o estado do corpo, não as ideias puras e os sentimentos complexos. Sobre essas forças eminentemente espirituais, só um poder, igualmente espiritual, será capaz de actuar. Esse poder espiritual é a autoridade, inerente às regras morais.<br><br>
Graças a esta autoridade, <b>as regras morais são autênticas forças contra as quais vêm embater os nossos desejos, as nossas carências, as nossas apetências de toda a ordem.</b> (...) Essas forças têm em si tudo o que é preciso para obrigar a vergar as vontades, a constrangê-las, a sustê-las, a incliná-las neste ou naquele sentido. Logo, podemos afirmar, sem recorrermos a uma metáfora, que elas são “forças”. (...) Quando o homem, sensatamente constituído, procura cometer algum acto que ofende a moral, sente qualquer coisa que o detém (Durkheim, 2001, p. 112).<br><br>
Os fins pessoais, em si mesmos, são de duas espécies: (1) ou procuramos, pura e simplesmente, manter-nos vivos, conservarmos o nosso ser, colocá-lo ao abrigo de causas destruidoras que o ameaçam; ou (2) procuramos engrandecê-lo e desenvolvê-lo.
Ponto (1). Os actos que praticamos com a única e simples finalidade de mantermos a nossa existência, podem, seguramente, não ser de forma alguma reprováveis; mas é incontestável que, aos olhos da consciência pública, eles se apresentam, como sempre se apresentaram, despidos de qualquer valor moral. São moralmente neutros. Nós não dizemos que alguém se comporta moralmente quando cuida de si, quando pratica uma higiene sã, e isso com a finalidade de viver. Achamos o seu comportamento avisado, prudente, mas não consideramos aplicar-lhe qualquer qualificação moral. <b>Nada existe de moral em viver por viver.</b><br><br>
Ponto (2). Outro tanto não acontece, quando velamos pela nossa vida, não somente para nos conservarmos a nós mesmos, mas para podermos conservar-nos para a nossa família, visto sentirmos que lhe somos necessários. Então, o nosso acto é unanimemente considerado moral. <b>A moralidade do acto reside na subordinação do indivíduo aos interesses da sociedade.</b> (Durkheim, 2001, p. 124-125)<br><br>
Se uma moral existe, ela deve necessariamente ligar o homem a objectivos que ultrapassem o âmbito dos interesses individuais. (...) Só a sociedade pode servir de objectivo à actividade moral (...) a sociedade é necessariamente útil ao indivíduo, devido aos serviços que lhe presta, e que, por tal motivo, ele deve querê-la já que nisso tem interesse. (...) O homem expõe-se tanto mais ao suicídio, quanto mais desligado estiver de qualquer colectividade. (...) Assim, o suicídio é cerca de três vezes mais frequente nos solteiros do que nos casados, duas vezes mais frequente nos estéreis que nos fecundos, aumentando inclusivamente na razão inversa do número de filhos (Durkheim, 2001, p. 132-134).<br><br>
Família, pátria e humanidade. (...) O homem só será moralmente completo, quando submetido a esta tripla acção. Estes três grupos podem e devem coexistir em concorrência, mas existe uma hierarquia (Durkheim, 2001, p. 139).<br><br>
“Não matarás!”, “não roubarás!”: estas máximas que os homens transmitem uns aos outros, de geração em de geração e através dos séculos, não possuem obviamente, em si mesmas, qualquer virtude mágica que as imponha ao respeito. Mas, <b>sob máxima, existem sentimentos colectivos, estados de opinião de que ela é tão somente a expressão e que constituem a sua eficácia</b> (Durkheim, 2001, p. 155).<br><br>
Os animais não se encontram sujeitos a um sistema de sanções artificiais; eles formam-se pela acção dos acontecimentos, e outras lições não recebem que não seja a da sua experiência. Enquanto viva a sua existência “animal”, a criança não precisa de disciplina. Submetê-la a uma acção coerciva, seria violar a ordem da natureza (Durkheim, 2001, p. 219).<br><br>
O critério que serve para os homens, em última análise, julgarem a sua conduta, é a felicidade ou infelicidade que essa mesma conduta produz. (...) <b>Estamos muito mais seguros de nos conduzirmos convenientemente na vida,</b> quando compreendemos as boas e más consequências da nossa acção, do que quando nos limitamos a acreditar na autoridade dos outros (Durkheim, 2001, p. 220).<br><br>
Uma criança que comeu demais, tem uma indigestão. Aprende com o sofrimento. Um adulto que não pagou os impostos, tem uma insónia se for moralmente bem formado, porque a sua atitude prejudica a sociedade. O universo é uno. A actividade moral tem por objecto entidades indubitavelmente superiores ao indivíduo, mas empíricas, do mesmo modo que os minerais e os seres vivos: as sociedades. Cada sociedade transmite às suas crianças um sistema de regras de moral, exteriores à consciência dos indivíduos. Os <b>valores sociais</b> são concepções gerais – princípios, crenças e conhecimentos colectivos – que mantêm a coesão social na medida em que são compartilhados por todos os elementos do grupo ou sociedade. Os valores comuns dão origem a sentimentos de solidariedade e unidade entre as pessoas, diminuindo os conflitos. A adesão a valores comuns é condição de participação em grupos e na sociedade (Silvestre & Moinhos, 2001, p. 114).<br><br>
Na perspectiva de Durkheim <b>será fácil convencer o homem são a aderir aos valores sociais recordando-lhe os serviços que a sociedade lhe presta</b>, designadamente porque não conseguiria viver à margem de qualquer contacto humano.
<br><br>
NOTA:<br>
Este <i>post</i> destina-se a ser utilizado como recurso no tema "Família".José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-87168030219131385862012-04-15T02:19:00.002+01:002016-03-18T01:52:49.793+00:00FamíliaPara Weber <b>o tipo mais puro de dominação é o patriarcal</b>. “Obedece-se à pessoa por força da sua dignidade própria, santificada pela tradição: por piedade. O conteúdo das ordens é vinculado pela tradição. (...) Criar um novo direito em face das normas tradicionais surge, em princípio, como impossível” (Weber, 2005, p. 22).<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-OyX6-EGWBGc/T4osdiQ_TgI/AAAAAAAAF3E/lCO9f-dMpZU/s1600/familia-moderna.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-OyX6-EGWBGc/T4osdiQ_TgI/AAAAAAAAF3E/lCO9f-dMpZU/s400/familia-moderna.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
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Para Durkheim ”<b>a moral tem como função impedir o indivíduo de enveredar por domínios que lhe estão interditos</b>, constituindo um vasto sistema de proibições (...) Basta que as regras da moral conjugal percam algo da sua autoridade, que os deveres a que os <b>esposos</b> se encontram obrigados reciprocamente sejam menos respeitados, basta isto, para que as paixões, as apetências que esta parte da moral encerra e regulamenta, se desencadeiem, se exasperem devido a esse desregramento; então, impotentes para se acalmarem, já que isentas de todos os limites, elas determinarão um desencanto que se traduzirá de forma evidente, na estatística dos suicídios” (Durkheim, 2001, p. 113). <br />
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Dizei-me o que é o <b>casamento</b>, o que é a moral doméstica num povo, e dir-vos-ei quais são os traços principais da sua Constituição. A ideia de que os Romanos teriam podido praticar uma moral diferente da sua é um verdadeiro absurdo histórico. Se por milagre fosse implantado entre os romanos o sistema de valores do mundo ocidental actual [Durkheim faleceu em 1917], imediatamente o Império Romano ruiria. Com uma moral diferente da sua a sociedade romana não teria conseguido viver. Cada tipo social tem a moral que lhe é necessária, do mesmo modo que cada tipo biológico tem o sistema nervoso que lhe permite manter-se. É a sociedade quem nos prescreve, inclusivamente os deveres para com nós mesmos (<i>ibidem</i>, p. 151).<br />
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Não consta que a criança receba hereditariamente predisposições morais determinadas. Essa iniciação deve começar na família e desde o berço. Na criança cria-se um princípio de educação moral, pelo simples facto de a obrigarem de imediato a contrair hábitos regulares (...) desde que tenha uma vida doméstica regular, a criança contrairá mais facilmente o gosto pela regularidade: mais genericamente, se ela for educada numa família moralmente sã, participará, pelo contágio do exemplo, dessa saúde moral (<i>ibidem</i>, p. 201).<br />
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Que diria Durkheim se pudesse observar a sociedade do séc. XXI? Vemos cinema para nos divertirmos, como muito bem evidencia a cena final de <a href="http://www.youtube.com/watch?v=o-ahZBvKj5U">American Pie</a>, não para nos transmitirem as <a href="http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1882957&seccao=Jo%E3o+C%E9sar+das+Neves&tag=Opini%E3o+-+Em+Foco&page=-1">“preocupações oficiais com a moralidade”</a>, que se terão perdido muito antes de 1960, num país sem dimensão para se afirmar no Mundo, mas com uma ditadura teimosa para ter sido o último Império a descolonizar. Continuamos a análise recorrendo ao trabalho que o sociólogo contemporâneo <a href="http://fr.wikipedia.org/wiki/Claude_Dubar">Claude Dubar</a>, apresenta em <i>“A Crise das Identidades”</i>.<br />
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Durkheim constatou que a família protegia os indivíduos do suicídio (...) Durkheim bateu-se contra a legalização do divórcio em França, em 1884, argumentando que <b>a família moderna se encontra ameaçada pela anomia</b>. Ela já não pode ser a única, nem sequer a principal, instância de socialização das crianças, processo decisivo para a sobrevivência das sociedades. <b>É essa a razão pela qual Durkheim aposta na escola que, em França, acaba por se tornar pública e obrigatória</b> (1882) para socializar as crianças da República (Dubar, 2006, p. 66).<br />
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<b>As famílias recompostas são particularmente geradoras de anomia</b> (ausência de normas). Por exemplo, como irá o filho chamar o novo marido da sua mãe? Pai não deverá chamar para evitar o risco de confusão com o seu pai biológico. Entretanto o seu padrasto poderá ser pai de "meios-irmãos" ou "quase-irmãos", que também podem ser filhos daquela mãe ou não. As situações de anomia <b>desautorizam</b> os pais. <br />
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Passada a fase do amor apaixonado, <b>as rotinas da vida em comum são ocasiões de fricções</b>, de recuos e de mal-entendidos. Enquanto o marido pensa: “Eu pensava que ela gostava disto” (fazer toda a lida da casa), a mulher diz de si própria: “Eu pensava que ele estava a ser sincero” (partilha de tarefas). A crise instala-se. (...) Existem <b>estratégias</b> para evitar ou resolver esta crise, desde a não coabitação até à adesão efectiva e prática do homem a este processo de emancipação, em nome da manutenção do sentimento amoroso e da identidade nova.<br />
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Segundo Roussel, “a <b>armadilha</b> induzida pelo casamento”, e o estabelecimento, com a chegada do filho, da família conjugal, implica “a passagem de um sentimento amoroso partilhado a uma história comum, duma paixão recíproca a <b>um empreendimento concertado</b>”. (...) E acrescenta cruelmente: “eles tornam-se um casal morto com uma vida conjugal vazia” (Dubar, 2006, p. 77-78).<br />
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Hoje assistimos a uma <b>pluralidade de modos de vida</b>, de concepções, de configurações, isto é, de combinações inéditas de formas identitárias. Não só não se sabe muito bem o quer dizer ser pai, mãe, marido, esposa, padrasto, madrasta... (poderia ser acrescentado as avós e os avôs, cujos papéis evoluem), não se sabe muito bem qual é a norma (casar-se ou não, dissociar ou não o sentimento apaixonado e os papéis de pais, ser ou não pai e mãe com os enteados….), como também já não tem a certeza de saber no fundo o que é masculino e o que é feminino… (…) Ser homem ou mulher está a começar a tornar-se uma questão de história, de projecto, de percurso biográfico, de “construção identitária ao longo da vida” (Dubar, 2006, p. 84).<br />
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<b>Empregadores múltiplos e inconstantes, e novas modalidades de interacção social também contribuem para uma maior diversidade dos laços sociais nas famílias modernas.</b> Poderemos ser conduzidos a imaginar que um “laço da familiar forte” associado à família tradicional não seria tão frágil quanto a “rede” que podemos hoje construir mas trata-se de uma mera representação social. Actualmente, dificilmente alguém se sentiria atraído pela “robustez” do “laço da familiar forte”, porque teria de abdicar em muito da própria realização pessoal, marcadamente individualista.<br />
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Num post com 1000 palavras, pretende-se que tenha em consideração os seguintes objectivos:<br />
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- Referir alguns indicadores demográficos da vida familiar (nupcialidade, divórcio, coabitação, fecundidade,...) <br />
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- Distinguir tipos de famílias (nuclear – com ou sem vínculos matrimoniais - , monoparentais, recompostas)<br />
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- Dar exemplos de novos tipos de família<br />
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- Explicar transformações que estão associadas à vida familiar na sociedade contemporânea (designadamente, a simetria de contributos na participação entre homens e mulheres, democratização das relações, dissociação entre sexualidade e reprodução e novos papéis parentais)<br />
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- Referir o papel da família na socialização<br />
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- Constatar situações de violência no interior da família<br />
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<b>Recursos</b><br />
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<ul>
<li> <a href="http://www.pordata.pt/">http://www.pordata.pt/</a></li>
<li> <a href="http://www.mgfamiliar.net/itemgenerico/novos-tipos-de-familia">Novos tipos de família</a> </li>
<li> <a href="http://www3.uma.pt/nunosilvafraga/wp-content/uploads/2009/02/familias-e-sociedades.pdf">Apresentação Famílias e Sociedades</a> </li>
<li> <a href="http://www.apav.pt/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=566:19-mulheres-por-dia-foram-vitimas-de-violencia-domestica&catid=5">19 mulheres por dia foram vítimas de violência doméstica</a> </li>
<li> <a href="http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1218732699N2uHX4tb3Mz73TK7.pdf">Novos padrões e outros cenários para a fecundidade em Portugal</a> </li>
<li> <a href="http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1218732745G3aUM7hl4Ix30OB2.pdf">Modernidade, laços conjugais e fecundidade: a evolução recente dos nascimentos fora do casamento</a> </li>
<li> <a href="http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223483213L3pHI5yo6Mh74NK3.pdf">Perspectivas dos jovens sobre a família e o casamento - notas críticas</a></li>
<li> <a href="https://www.google.pt/search?rlz=1C1FDUM_enPT472PT472&sourceid=chrome&ie=UTF-8&q=site%3Aanalisesocial.ics.ul.pt%2F+Ana+Nunes+Almeida">Artigos de Ana Nunes Almeida - Especialista em Sociologia da Família</a></li>
<li> <a href="http://sociologiaemaccao.blogspot.pt/2012/04/moralidade-e-valores-sociais-na.html">Moralidade e Valores Sociais na perspectiva de Durkheim</a></li>
<li> <a href="http://visao.sapo.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=vs.stories/659609">O ícone do 25 de Abril assume bigamia (Filomena+Dina)</a></li>
<li> <a href="http://youtu.be/FYm6wU6X1MA">Eu apenas desejo ver os filhos crescerem. (...) O único objectivo que tenho na vida é ser um bom pai</a></li>
<li> <a href="http://www.publico.pt/sociedade/noticia/trabalho-a-tempo-parcial-prejudica-as-mulheres-e-nao-promove-a-natalidade-1625722">Trabalho a tempo parcial prejudica as mulheres e não promove a natalidade</a></li>
<li> <a href="https://sites.google.com/site/netodays/powerpoint/PORQUE_E_QUE_NAO_HAVIA_DIVORCIOS.pps?attredirects=0&d=1">Representações da mulher nos anos 50 e 60 - PPS a circular pela Internet</a></li>
<li> <a href="https://docs.google.com/presentation/d/1Lt5U_dD-0kgOjVWQIcjiCX9TR_3sBNYtuc47Rc5ndJo/edit?usp=sharing">Esquema - Família</a></li>
<li> <a href="https://sites.google.com/site/sociologiaemaccao/7-familia-e-escola">Recursos no Arquivo</a> </li>
</ul>José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-45919530820321824552012-04-11T22:47:00.000+01:002013-01-14T18:42:27.094+00:00Mais Sugestões para Pesquisa Bibliográfica/Revisão da LiteraturaEstamos no início do 2º período, e não precisamos de <i>stresses</i>. Fixa-se o <b>limite mínimo</b> de fichas de leitura em 5, mas naturalmente que leituras adicionais valorizam o trabalho. Cada ficha consiste numa página A4 que resume um artigo PDF, um capítulo ou uma secção de um livro, etc. Fixou-se este número imaginando que cada elemento do grupo fará pelo menos uma ficha de leitura. As fichas deverão ficar no Arquivo. Comprovam que foi procurada bibliografia e que existirá <b>um conhecimento teórico mínimo</b>, indispensável para a análise do objecto de estudo escolhido. Será com base nestes conceitos que irão <b>fundamentar</b> de entre todo o material recolhido, <b>quais são as ideias consideradas importantes</b> na Análise Temática.<br><br>
Recorda-se que já foram indicadas páginas no livro <a href="http://sociologiaemaccao.blogspot.pt/2012/02/sociologia-do-corpo-david-le-breton.html">Sociologia do Corpo</a>, para cada grupo fazer uma ficha de leitura aqui, e outras sugestões no espaço do <a href="https://sites.google.com/site/sociologiaemaccao/grupos">respectivo Grupo</a>.<br><br>
Outro recurso é o livro <b>Sociologia</b>, de Giddens, que se encontra na Biblioteca da Escola. Todos os grupos o podem utilizar para fazer uma ou mais fichas de leitura. Sugestões:<br><br>
<b>Amor Romântico: O amor no tempo do Facebook</b><br>
Capitulo 7 – Família, Casamento e Vida Pessoal<br><br>
<b>O Culto do Corpo Moderno</b><br>
Capitulo 6 – O Corpo: Alimentação, Doença e Envelhecimento<br><br>
<b>Racismo: O IMAGINÁRIO SOCIAL “MULHER BRASILEIRA” EM PORTUGAL</b><br>
Capitulo 9 – Etnicidade e Raça<br>
Capitulo 12 – Trabalho e Vida Económica<br><br>
<b>Trabalho, Família e Género</b><br>
Capitulo 5 – Género e Sexualidade<br>
Capitulo 7 – Família, Casamento e Vida Pessoal<br>
Capitulo 12 – Trabalho e Vida Económica<br>
Coloquei 3 capítulos para observaram que o conceito de "papel da mulher" não existe em Sociologia.
José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2762686350523362858.post-32165753416852413702012-04-06T04:08:00.001+01:002012-05-09T02:19:13.797+01:00Classes sociais e mobilidade social<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-kmzccd4jQc8/T35eaCAn20I/AAAAAAAAFzk/-NKfDovxVNc/s1600/redes-sociais.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="400" width="274" src="http://4.bp.blogspot.com/-kmzccd4jQc8/T35eaCAn20I/AAAAAAAAFzk/-NKfDovxVNc/s400/redes-sociais.jpg" /></a></div>Analisando as respostas por segmento sociodemográfico por comparação com os valores do total, vemos que os homens apresentam maior afinidade com o Google +, as mulheres com o Netlog, os indivíduos de 35 a 44 anos com o LinkedIn e os indivíduos das <b>classes</b> [sociais] mais elevadas com o Flickr.<br>
Fonte: <a href="http://www.marktest.com/wap/a/n/id~1946.aspx">Marktest</a>
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<ul><b>Estratificação</b> <br>
Utiliza-se uma amostra estratificada com um total de 160 estratos, já que os indivíduos que fazem parte da base de amostragem são classificados segundo as variáveis: <br>
• Região (5): Norte; Centro; Lisboa; Alentejo; Algarve <br>
• Género (2): Feminino; Masculino <br>
• Classes Etárias (4): 16 – 29 anos; 30 – 49 anos; 50 – 64 anos; 65 e mais anos <br>
• Intervalos de rendimento (euros/ano) equivalente do Agregado Doméstico Privado (ADP), definidos pelos quartis dessa variável determinados para o Continente (4):<br>
1: R ≤ € 5 133,85 <br>
2: € 5 133,85 < R ≤ € 7 470,00 <br>
3: € 7 470,00 < R ≤ € 11 222,88 <br>
4: R > € 11 222,88 <br>
Fonte: <a href="http://metaweb.ine.pt/sim/OPERACOES/DOCMET_PDF/DOCMET_PDF_62_2_0.pdf">Documento Metodológico do INE</a><br><br>
NOTA: 5 x 2 x 4 x 4 = 160<br>
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Classes sociais e estratos sociais são conceitos que se confundem. Depois de ler a <a href="https://sites.google.com/site/sociologiaemaccao/8-desigualdades-e-identidades-sociais/classes-e-estratos-sociais">documentação no Arquivo</a>, responde às seguintes questões.<br><br>
1. <b>Apresenta</b> a definição ACM de classe social.<br><br>
2. <b>Problematiza</b> a definição ACM de classe social no caso particular de a nossa amostra ser constituída por estudantes. <br><br>
3. <b>Indica</b> cinco diferentes critérios de estratificação social.<br><br>
4. <b>Problematiza</b> a mobilidade social em diferentes sociedades.<br><br>José Netohttp://www.blogger.com/profile/11896989034519733619noreply@blogger.com0